Este estudo abordou a produção de mudas das espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica Erythrina speciosa (eritrina) e Schizolobium parahyba (garapuvu) para restauração florestal, avaliando a farinha de algas marinhas como forma de adubação alternativa. O projeto iniciou com a seleção das espécies arbóreas nativas e a coleta, o processamento e o armazenamento de suas sementes. A seguir, as macroalgas marinhas arribadas foram coletadas, lavadas, secas e trituradas para a produção de farinha. As sementes foram semeadas e após sua germinação foram transplantadas para recipientes contendo um dos quatro tipos de substratos testados: (T1) sem adubação (terra, casca de arroz carbonizada e calcário), (T2) com adubação convencional (terra, casca de arroz carbonizada, calcário, composto e NPK), (T3): com farinha de algas e NPK (terra, casca de arroz carbonizada, calcário, farinha de algas e NPK), (T4): com farinha de algas sem NPK (terra, casca de arroz carbonizada, calcário e farinha de algas). Após o transplante, foi feito o monitoramento semanal da altura das mudas. Ao final do experimento, as mudas foram retiradas dos seus respectivos recipientes, lavadas e secas em estufa a 60 ºC por 48 horas para obtenção do peso seco (parte aérea e parte radicular). De forma geral, o garapuvu apresentou maiores alturas no T3 a partir da 7a semana de cultivo, ao passo que eritrina apresentou valores mais elevados nos T2 e T3, em praticamente todo o período experimental. Em relação ao peso seco, eritrina apresentou valores mais altos tanto da parte aérea quanto da radicular nos T2 e T3, enquanto os valores de T1 e T4 foram iguais. Já para garapuvu, o peso seco tanto da parte aérea quanto radicular foi maior em T3 quando comparado ao T1. Estes resultados nos indicam que para eritrina T2 e T3 foram adequadas para seu desenvolvimento inicial ao passo que para garapuvu, o T3 seria o mais indicado. Palavras-chave: Restauração florestal; Macroalgas Arribadas; Áreas degradadas.