A banana é uma fruta mundialmente conhecida e consumida, tanto que são produzidas milhões de toneladas por ano, utilizada tanto in natura quanto em diversos produtos como doces, álcool e vinhos. A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum musae é uma das principais doenças que afetam a produção da banana. Para controlar desta doença os agricultores fazem uso de agroquímicos, contudo o uso continuo destes produtos potencializa a resistência deste patógeno aos tratamentos além de causar prejuízos a saúde humana e o meio ambiente. Este estudo tem como objetivo avaliar o efeito antifungico de diferentes extratos vegetais no controle do crescimento micelial do fungo Colletotrichum musae em condições in vitro. Para a escolha inicial das plantas fez se o levantamento do conhecimento popular e em seguida, fez-se uma revisão de literatura afim de avaliar estudos já realizados. Constatando a ausência de estudos prévios, escolheu-se as plantas, o estudo foi dividido em duas partes. Na parte I foram utilizados extratos de Bardana (Arctium lappa), Quebra Pedra (Phyllanthus niruri), Alho (Allium sativum), Alfavaca (Ocimum basilicum), Melissa (Melissa officinalis), Sabugueiro (Sambucus nigra) e Gergelim (Sesamum indicum) Na parte II, foram testados extratos de Glicínia roxa (Wisteria sp), Manto rei (Thunbergia erecta), Gergelim (Sesamum indicum), Sete léguas amarela (Podranea ricasoliana), Guaco (Mikania glomerata), Cipó de são joão (Pyrostegia venusta), Primavera (Bougainvillea sp.), Jiboia (Epipremnum pinnatum), Jasmin trepadeira (Trachelospermum jasminoides), Jasmim estrela (Jasminum nitidum) e Sete léguas rosa (Podranea ricasoliana). Os extratos foram preparados em concentrações de 5g, 10g, 15g e 20g por litro de água, mantidos em um local sem incidência de luz por sete dias e em seguida foram diluídos em meio BDA, na proporção de 180 mL de meio BDA para 20ml de extrato vegetal. O meio foi então autoclavado e despejado em placas de Petri, que também foram devidamente autoclavadas. Após o resfriamento, foi realizado o processo de inoculação do fungo. As placas permaneceram em uma BOD por 7 dias a uma temperatura de 25°C e fotoperíodo de 12 horas. Durante este período, foram realizadas 3 avaliações do crescimento micelial do fungo. Os dados foram analisados utilizando o SISVAR com teste de médias de Scott-Knott a 5% de significância. Os resultados mostraram que os extratos de Bardana (20g/L) com 43,37%, Gergelim (15g/L) com 42,87% e Sabugueiro Folha (5g/L) com 40,85% na parte I, e os extratos de Guaco (5g/L) com 61,03%, Sete légua amarela (20g/L) com 58,63% e Jasmim Estrela (10g/L) com 56,49% na parte II, apresentaram resultados foram os mais eficazes, controlando significativamente o crescimento micelial do fungo. Diante do exposto, pretende-se dar continuidade à pesquisa realizando testes dos extratos mais eficazes no controle do fungo no pós-colheita da fruta.