O maracujá é uma fruta muito produzida, além de ser muito consumida no mundo todo, tanto que, segundo o IBGE, em 2008 o Brasil foi o maior produtor de maracujás mundialmente. Entretanto, existe uma doença causada pelo fungo Fusarium sp., que quando a fruta está contaminada, apresenta manchas grandes e redondas na fruta. Com objetivo de inibir o crescimento do fungo, os agricultores usam agroquímicos que acabam fazendo mal ao meio ambiente, e muitas vezes a população. O objetivo do projeto se encontra em encontrar um extrato vegetal, que por meio de testes, iniba o crescimento do fungo do maracujá, assim podendo ser uma alternativa de substituir o uso dos agroquímicos. Na primeira parte do projeto, foram utilizados os extratos de Glicínea Roxa (Wisteria), Manto Rei (Thunbergia erecta), 7 Léguas Rosa (Podranea Ricasoliana), 7 Léguas Amarela (Podranea ricasoliana), Guaco (Mikania glomerata), Cipó São João (Pyrostegia venusta), Primavera (Bougainvillea), Gibóia (Epipremnum pinnatum), Gergelim (Sesamum indicum), Jasmim estrela (Trachelospermum jasminoides), Jasmim trepadeira (Jasminum polyanthum). Os extratos serão desidratados para fazer o preparo do meio BDA (batata, dextrose e ágar). O meio foi preparado com 170g de batata, 20g de dextrose e 12g de ágar por litro. Inicialmente picando e pesando as batatas, para em seguida triturar em um liquidificador, logo depois cozinhar. Diante disso, o caldo das batatas foi separado em beckers de 1L para serem levados ao fogo, primeiro colocando as 20g da dextrose, esperando chegar em 70 graus, e em seguida acrescentar as 12g do ágar, para o meio ficar pronto. Após, 20mL de cada extrato foi pipetado dentro de cada Erlenmeyer separado com 180mL do meio para em seguida, embalar os erlenmeyers e levar para a autoclave. Durante o processo, as placas foram embaladas para serem levadas para a autoclave em seguida. Depois de tudo pronto, iniciou-se os processos de verter e inocular o fungo, inicialmente registrando as placas para em seguida verter o meio e esperar endurecer, após, o fungo foi inoculado com auxílio de incisor, para em seguida as placas serem embaladas e levadas a BOD. Todo o processo de verter e inocular o fungo foi realizado perto do fogo. A cada 48 horas foi feito o processo de medição dos fungos com paquímetro, e os resultados obtidos foram avaliados no teste de média de Scott Knott com 0,5% de relevância.
Para a primeira parte do projeto, os extratos que se mais destacaram no controle do fungo do maracujá, foram os de Cipó São João na concentração de 2,0g que inibiu 49,32% do fungo e Manto rei na concentração de 1,0g, que inibiu 44,52%. Para a segunda parte, os extratos que se destacaram foram os de Jasmim estrela na concentração de 1,0 inibindo 37,13% do fungo e Cipó são joão na concentração de 1,0g inibindo 34,74% do fungo.
Palavras chave: Agroquímicos; Substituição; Sustentabilidade