A pesquisa consistiu na preparação de nanopartículas de óleos essenciais de Cravo-da-Índia e Orégano, utilizando quitosana, para controle de crescimento de microrganismos em tecidos de algodão. Objetivou-se formular e analisar a atuação das nanopartículas frente a inibição de Staphylococcus aureus e Escherichia coli, como alternativa aos aditivos de nanopartículas de prata convencionais, uma vez que causam danos à saúde humana e ao meio ambiente. Tendo-se em vista, ainda, que um dos mais significativos mercados de consumo de produtos químicos é o setor têxtil, além de que, a estrutura de fibras têxteis proporcionam um ambiente propício para o crescimento de microorganismos agravados pela umidade e altas temperaturas, reforçando-se a importância de buscas naturais para este setor. Desde o surgimento da nanotecnologia, se descobriu as nanopartículas, e que no setor têxtil utiliza-se íons de halogênios, principalmente a prata, de meio natural porém não biodegradável, e que quando em contato com nanomateriais terá sua superfície de contato aumentada, ocasionando em uma maior permeabilidade em nossa pele e liberação deste metal para o meio ambiente. Para diminuir estes impactos, formulou-se nanopartículas a partir da quitosana, que é extraída da quitina, o principal componente do exoesqueleto de crustáceos e insetos, e que sua produção anualmente é de em torno de 39 mil toneladas, e não possui um destino adequado, pois a indústria pesqueira não utiliza e assim se torna mais um resíduo descartado ao meio ambiente. Após, se faz a adição de óleo essencial de cravo-da-índia com a presença do eugenol, que teve um halo de inibição de crescimento de 13mm para Escherichia coli, e óleo de orégano com o carvacrol, com halo de inibição de 8mm para Staphylococcus aureus e 9mm para Escherichia coli, concluindo que ambos atuam com funções antimicrobianas. Portanto para a formação das nanopartículas fez-se a adição da quitosana, ácido acético, óleos essenciais, Tripolifosfato de sódio para auxiliar na impregnação nas fibras têxteis e Tween 80 para diminuir as tensões interfaciais do óleo e formar uma emulsão estável, toda o processo é feito em agitação constante, e ao final é feito uma centrifugação por 10 minutos, filtração simples e estufa de 20°C para secagem das nanopartículas. As nanopartículas de Orégano obtiveram um rendimento de 0,0026g e de Cravo-da-Índia foi de 0,0095g, com isso se fez a diluição em gel de quitosana e realizou-se a impregnação em tecido de algodão, pelo método de embebedamento onde o tecido ficou imersão na solução por 10 minutos e depois foi levado a estufa de 20°C por 24 horas, depois adicionou-se em contato com o cultivo dos microrganismos, e após 24 horas fez-se a análise do resultado e concluiu-se que foi positivo pois houve um halo de inibição de crescimento formado. Portanto, deve-se concluir que é possível realizar nanopartículas de origem natural e biodegradável, pois mesmo com pouca quantidade já houve inibição de crescimento, e que a tendência é de que quanto mais nanopartículas, melhor vai ser a inibição dos microrganismos.Os próximos passos incluem testar diferentes concentrações das nanopartículas, avaliar a eficácia após lavagens e analisar diferentes métodos de impregnação sobre o tecido de algodão. Palavras-chaves: Microrganismos. Nanopartículas. Quitosana. Óleo essencial. Tecido.