A ftalocianina possui em seu núcleo quatro unidades de isoindol ligadas ao nitrogênio. Elas são compostos fotossensíveis ao comprimento de onda na faixa de 630 nm (banda Q), apresentam afinidade por lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e um alto rendimento quântico do estado tripleto, gerando quantidades significativas de oxigênio singleto. Quando essa molécula possui um metal em seu átomo central, ela se transforma em uma metaloftalocianina. Devido à sua estabilidade química e eletrônica, essa molécula pode ser utilizada na terapia fotodinâmica como um fotossensibilizador que, em união com o oxigênio e a luz, produz um agente citotóxico que leva à morte celular. A sua vantagem, comparada a outros métodos de tratamento oncológico, é que apresenta efeitos secundários menos agressivos que tratamentos tradicionais, como a quimioterapia, onde são utilizados fármacos antineoplásicos, com a intenção de inibir a replicação celular, mas esse efeito não fica confinado apenas nas células tumorais, se tornando deletério para o paciente, a radioterapia, que causa diversos efeitos colaterais, como fadiga, perda de cabelo e infertilidade, e a intervenção cirúrgica, que pode causar sequelas fisiológicas ou até mesmo amputações no paciente. Sendo assim, o trabalho objetivou sintetizar diferentes tipos de metaloftalocianinas, assim como avaliar o potencial e aplicação de cada uma delas contra neoplasias. Logo, dentre os resultados alcançados, progrediu-se na sintetização da ftalocianina de zinco e da ftalocianina de cobalto. Também foi realizada a análise de UV-Vis para confirmar a absorbância da molécula na faixa de 630 nm, que é a ideal para a fototerapia. Além disso, iniciou-se a programação para os testes in vitro das moléculas.