O projeto tem como objetivo extrair e analisar o potencial anti-inflamatório do polissacarídeo acemanana proveniente da Aloe vera, comparando sua ação com o corticoide prednisona. Os corticoides são usados para tratamento de várias doenças inflamatórias crônicas, doenças auto imunes e também em alguns tipos de câncer, como o linfoma, assemelhando-se ao cortisol produzido naturalmente pelo corpo humano e tendo grande ação anti-inflamatória. Porém, seu uso prolongado, pode causar efeitos diversos, como em crianças asmáticas, uma vez que inibem a produção de hormônios de crescimento, afetando o seu desenvolvimento. E também, afetando a absorção de cálcio no intestino humano e alterando a eliminação de cálcio pela urina. Estudos recentes indicam que mães que utilizaram corticoides na gestação tendem a ter filhos com transtornos comportamentais. A acemanana é o principal polissacarídeo bioativo da babosa, se destacando em seu possível potencial anti-inflamatório, visto que aumenta o número de glóbulos brancos e a ativação de macrófagos auxilia na cicatrização. Para a extração da Acemanana foi utilizada a polpa da babosa. As folhas foram lavadas e descascadas. A seguir o material foi homogeneizado, aquecido e filtrado a vácuo para separar as impurezas. Na sequência, foi adicionado etanol ao líquido resultante, o precipitado obtido foi centrifugado. A fim de identificar a presença de açúcares redutores, visto que a Acemanana tem manose e glicose, o Teste de Fehling foi realizado. Após esse teste, a amostra foi lavada, submetida a evaporação no rota-evaporador e por centrifugação. A fase líquida presente foi analisada por cromatografia gasosa, para verificar se houve a eliminação do etanol e liofilizado. Foi realizada a análise do Infravermelho, para identificar a presença da Acemanana. Além disso, será feito um teste preliminar da ação anti-inflamatória da Acemanana e do corticoide, relacionando a prevenção da desnaturação da proteína Albumina, que tem a capacidade de prevenir distúrbios inflamatórios. O primeiro resultado que obtivemos foi na etapa de aquecimento, onde foi observado que quando a solução era aquecida até a efervescência por 30 minutos gerava maior quantidade de precipitado, isso por que o polissacarídeo é mais solúvel em água quente, tornando sua extração mais fácil. Além disso, o Teste de Fehling resultou em positivo para açúcares redutores de Manose e Glicose, componentes da Acemanana. Também, a lavagem foi bem sucedida, pois, a cromatografia gasosa não detectou a presença de etanol. O infravermelho não detectou a banda que indica presença de aromático. Além disso, por falta de sensibilidade, a banda da substância de carbono com dupla ligação com oxigênio não foi bem visualizada, e esta ligação é a principal diferença da acemanana em relação aos outros polissacarídeos que estão na composição da Aloe vera. Por conta disso, iremos realizar mais infravermelhos com a pasta de KBr para obter maior sensibilidade. Entretanto, o gráfico num todo está parecido com o padrão. Por fim, até esse momento da pesquisa, concluímos que há uma grande possibilidade da acemanana estar presente na nossa amostra, portanto, acreditamos que o processo de obtenção foi bem sucedido, restando apenas refazer o infravermelho e o teste final. Palavras-chaves: Aloe vera, polissacarídeo, acemanana, corticoide, anti-inflamatório, prednisona.