A exposição ao sol é uma atividade comum e apreciada por muitas pessoas, especialmente em regiões litorâneas. Contudo, além dos danos causados pelo sol, outro risco significativo nas áreas de praia são as queimaduras provocadas por águas-vivas no oceano. De acordo com o G1 RS, “Queimaduras por água-viva aumentam mais de 700% no litoral do RS”. O aumento da temperatura dos oceanos está relacionado ao aumento da quantidade de águas-vivas presentes nas costas litorâneas, por decorrência do aquecimento global, um fator que tende a evoluir e acentuar casos de lesões por cnidários. Portanto, é importante e necessário investigar estratégias viáveis para formular um protetor solar que combine ambas as proteções para a população brasileira. Diante disso, o projeto tem como objetivo analisar e desenvolver uma formulação de protetor solar que integra efetivamente proteção a raios ultravioleta, e que possua barreiras químicas para neutralizar as toxinas liberadas pelos cnidários e também utilizar barreiras físicas, para garantir a eficácia na prevenção de danos causados por ambos. A toxina fosfolipase A2 está presente nas espécies de águas-vivas da costa litorânea do Brasil. O composto inibidor da toxina é um ácido, e está presente na folha da planta Rosmarinus officinalis. O projeto consiste em avaliar a inibição deste ácido perante as ações da toxina, para proteção dos seres humanos. Foram utilizados métodos de extração para a obtenção de compostos bioativos contidos na folha da planta. A maceração é um processo no qual a matriz rica na biomolécula de interesse é colocada em contato com um solvente, e o conjunto é submetido a agitação à temperatura ambiente. Este método consiste em múltiplas etapas, iniciada com a moagem da matriz vegetal em pequenas partículas, em seguida um solvente é adicionado a um recipiente fechado, e por último o líquido é filtrado. O equipamento de ultrassom foi utilizado para obter uma maior pureza do ácido desejado. A combinação da barreira química e física aumentará a eficácia do produto, portanto, a junção de diversos compostos comumente utilizados na produção de cosméticos serão adicionadas à formulação. Estes aditivos formarão um filme na pele, onde aumentará a durabilidade do produto final dentro d’água, e não afetará a saúde da população, nem a fauna e flora marinha. Para o auxílio do projeto foi realizado o teste analítico, infravermelho. Serão realizados testes para a verificação de tempo de permanência, fator de proteção, e teste in-vitro do inibidor contra a queimadura da água viva. O trabalho consiste em tornar o protetor solar acessível para a população brasileira. Palavras-chave: Protetor solar, água-viva, fosfolipase A2.