Sabe-se que a água é de suma importância para a vida, porém diversos fatores que vão desde a poluição dos recursos hídricos, até mesmo as mudanças climáticas que afetam o planeta comprometem a qualidade e quantidade deste recurso. Por isso é importante que haja o monitoramento da água. No Brasil isto é feito pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), por meio de infraestruturas de monitoramento como satélites, pluviômetros e bóias automáticas. Contudo, essas infraestruturas possuem limitações como: baixa frequência de coleta de dados, necessidade de boas condições atmosféricas, impossibilidade de observar pequenos corpos d’água, dependência de coletas de amostras manuais de água a serem encaminhadas para exame em laboratórios. Ao investigar sobre a quantidade desses sensores no litoral norte do Rio Grande do Sul, pode-se verificar que este número é insuficiente para monitorar a grande quantidade de rios de lagos. Neste sentido, o presente projeto tem como objetivo central projetar e construir uma embarcação autônoma que possa coletar dados de qualidade de água nos rios e nos lagos do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Acredita-se que por meio desta embarcação autônoma ter-se-á uma solução de monitoramento de águas mais moderna, de baixo custo e sustentável, que aumenta a área de cobertura. Visto que essas embarcações podem ser equipadas com sensores e equipamentos de coleta, ela não depende de muitas pessoas para seu uso, o que permite o monitoramento ao longo do percurso e pode auxiliar na detecção precoce de possíveis problemas ambientais. Para tal, estamos produzindo uma pesquisa de natureza aplicada, sendo conduzida por uma abordagem mista com estratégia exploratória sequencial, sendo seu primeiro passo uma pesquisa bibliográfica e documental, com uma análise dos dados gerados que está sendo utilizada para embasar o projeto físico/estrutural, o projeto eletrônico e a arquitetura de software. Para conduzir esta pesquisa, dependemos do apoio financeiro do Instituto Federal do Rio Grande do Sul e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, através de bolsas e investimento. Dentre os resultados parciais, elencou-se os principais métodos para projetar a estrutura física, sendo conduzida a análise matemática e simulações de empuxo e flutuabilidade no protótipo digital, além de sua construção física, utilizando ferramentas como a impressão 3d e materiais de baixo custo, como canos PVC e esquadrias de alumínio. Além disso, concluiu-se que o projeto eletrônico será organizado de forma modular, enquanto que a arquitetura de software utilizará do middleware de código aberto ROS2.