Este trabalho explora a industrialização do “eu”, um fenômeno contemporâneo em que a lógica de mercado se infiltra em esferas tradicionalmente humanas, transformando indivíduos em produtos que devem ser aprimorados, vendidos e consumidos, mesmo fora das relações convencionais de compra e venda. O estudo aborda como a internalização de práticas mercadológicas leva os indivíduos a se transformarem em produtos, ajustando suas identidades às exigências do mercado. O problema investigado é a dominação de aspectos humanos, como emoções e relacionamento, pelas lógicas de mercado, antes restritas ao meio comercial. O tema é altamente relevante para a sociedade contemporânea, pois aborda como os princípios do mercado e da mercantilização têm se infiltrado em aspectos da vida pessoal e social que tradicionalmente não estavam ligados à lógica de compra e venda. O objetivo geral do projeto é relacionar a fragilidade das relações humanas à perspectiva do “eu industrializado”. A metodologia utilizada incluiu a pesquisa bibliográfica sobre a liquidez pós-moderna, além da aplicação de questionários e debates com interessados na área de pesquisa. Os resultados preliminares indicam que a ideia proposta precisa ser difundida de forma simplificada, a fim de torná-la mais acessível e democrática. Conclui-se que, apesar de ideias relacionadas ao projeto serem expostas há várias décadas, percebe-se que ainda não pôde ser completamente difundida para públicos menos escolarizados, tornando o projeto mais relevante, uma vez que há a proposta de simplificar e tornar acessível. Palavras chaves: Pós-modernidade, mercantilização, capitalização do ser, transformação social, identidade.