A noz Carya illinoinensis pertence à família Juglandaceae, sendo conhecida também como noz-pecã, são frutas secas e espessas, muito utilizadas na alimentação brasileira. As cascas de nozes, porém, são a parte não aproveitada do fruto, ou seja, a parte não consumida. Estas cascas constituem entre 40% e 50% de toda a noz pecã, e não possuem um destino útil. As mesmas, que são inevitavelmente geradas, se tornam agentes poluentes quando descartadas incorretamente, seja misturadas a outros materiais ou em lixos impróprios. Os polímeros, são a matéria principal de muitos dos produtos encontrados em nosso dia a dia, mas são extremamente prejudiciais ao meio ambiente, quando pensamos em seu método de produção e descarte. No ano de 2022, o grupo realizou uma pesquisa que envolveu diversos métodos de incorporação de múltiplos polímeros com as cascas de nozes. Baseado nos resultados obtidos no projeto, a pesquisa de 2023/2024, visou testar as incorporações entre as cascas de nozes e os polímeros Polipropileno (PP) e Poli Hidroxi Butil Valerato (PHBV), nas concentrações de 10%, 15%, 20% e 30% de carga, além da utilização do polímero virgem. Com o material gerado, foi proposta a compreensão das propriedades mecânicas, através dos ensaios de tração, flexão, impacto, TGA e toxicidade com a Allium Cepa e Allium Schoenoprasum. Os processos metodológicos da pesquisa, que apresentam cunho experimental, iniciaram-se com a coleta de 14 Kg de casca de noz em uma fazenda na cidade de Antônio Prado-RS, que foram secas e trituradas. Esse material foi incorporado aos polímeros PP e PHBV, por meio de um processo de extrusão em uma extrusora monorosca. Os pallets criados, foram colocados em uma injetora, para que os corpos de prova fossem confeccionados. Estes corpos foram submetidos aos testes mecânicos de tração, flexão, impacto e TGA em prol de obter uma conclusão de resistência perante a sua composição. Além disso, foi realizada uma análise de orçamento para comparar os gastos com polímeros, pigmentos e as cascas. Todos os testes realizados mostraram resultados positivos quando comparados aos polímeros virgens. Por fim, para o desenvolvimento de um produto final foram utilizados os processos de extrusão, prensagem e usinagem. Com isso, foram produzidos objetos como chaveiros e réguas. Concluindo então, que a incorporação com cascas de nozes é tão resistente quanto ambos os polímeros sem carga além de ser mais economicamente viável e ecologicamente sustentável. Palavras-chave: Casca de Noz, PHBV, PP, Testes Mecânicos.