O grande volume de resíduos gerados no setor da construção civil e nas indústrias de materiais derivados do petróleo trazem uma preocupação relacionada ao seu aproveitamento e destinação adequada. Junto a isso, existe a demanda por materiais alternativos que possam ser utilizados em obras de infraestrutura e diminuam a exploração de recursos naturais. À vista disso, este trabalho apresenta um estudo referente ao desempenho mecânico de argamassa com substituição do agregado miúdo natural por Resíduo da Construção e Demolição (RCD) e pó de PET. Foram realizados ensaios de caracterização dos materiais (granulometria, massa específica e massa unitária) e ensaios de resistência à tração na flexão e à compressão. Na dosagem definiu-se um traço referência com 100% de areia, um traço com 100% de RCD e outros três traços substituindo parcialmente o RCD por pó de PET nos teores de 10, 20 e 30%, sendo moldados 3 corpos de prova para cada traço, variando a relação a/c a fim de obter um índice de consistência adequado para uma boa trabalhabilidade da argamassa. Após moldagem os corpos de prova passaram pelo processo de cura e foram rompidos aos 7 e 14 dias. No estado fresco pôde-se observar que os traços com RCD e pó de PET necessitaram de mais água para manter o nível de trabalhabilidade, devido à sua menor capacidade de absorção comparada à areia. Para os ensaios mecânicos, observou-se a influência do tempo de cura no ganho de resistência, onde o traço com os resultados mais satisfatórios foi o com 100% de RCD rompido aos 14 dias, que apresentou a maior resistência à compressão e uma resistência à tração na flexão próxima à maior obtida. Além disso, pôde-se observar que a adição de 10% de PET é vantajosa quanto à avaliação da tração na flexão, no entanto torna o material mais frágil à compressão. Palavras-chave: Materiais alternativos; Resistência à tração na flexão; Resistência à compressão.