O projeto tem como objetivo geral criar e desenvolver um bálsamo labial vegano, com componentes de origem natural e de uso cotidiano, quanto aos objetivos específicos ele busca utilizar o extrato de repolho roxo para a variação da coloração conforme o ph dos lábios, incorporar a Aloe vera no bálsamo labial com finalidade protetora e hidratante, utilizar ao menos 70% das substâncias naturais e de origem vegetal, e formular o bálsamo labial seguindo as diretrizes de cosméticos naturais. O primeiro procedimento realizado foi a extração do pigmento do repolho roxo via aquosa, seguindo a metodologia de Janailson Almeida (2015), cuja consiste em macerar o repolho roxo, depositá-lo em um béquer de 500 mL e adicionar 150 mL de água destilada, levar ao bico de Bunsen e posteriormente aquece-lo à fervura até que se reduza 50% do volume inicial. O segundo procedimento foi a extração do pigmento do repolho roxo via alcoólica, também utilizando a metodologia de Janailson Almeida (2015), seguindo o mesmo procedimento da rota aquosa, porém substituindo a água destilda por álcool etanol 99,5%. O terceiro procedimento foi a extração do óleo de Aloe Vera, sua metodologia foi idealizada apartir da orientação do orientador do projeto, Adrian Simon, o óleo foi obtido através de um sistema de destilação. Por fim, a formulação do bálsamo foi inteiramente baseada na metodologia de Daniela Ribeiro (2010), buscando aprimorar a qualidade do bálsamo o processo foi realizado três vezes. Quanto aos resultados, a extração do pigmento do repolho roxo utilizando a via alcoólica foi mais satisfatória se comparada ao metodologia de extração via aquosa, o álcoool considerado o mais adequado para o objetivo do trabalho foi o isopropílico pois quando adicionado ao bálsamo labial a cor se faz mais presente ,o batom permanece hidratante e não quebradiço, além de uma ocorrer uma mudança satisfatória de coloração conforme o pH labial. O óleo de Aloe vera obteve um baixo rendimento, deste modo foi decidido deixá-lo de fora da formulação do bálsamo, buscando não interferir nos bons resultados do produto. Quanto ao desempenho do bálsamo labial, após passar nos lábios a sensação hidratante foi muito satisfatória, como também a mudança de coloração seguindo o pH que está dentro da faixa de coloração do repolho roxo, ficando entre o rosa avermelhado com pH 4,5 da boca. Pontos a se considerar negativos é que o bálsamo após uns 2 dias dentro da embalagem fica esfarelando depois de um tempo, precisando verificar se é o pigmento do repolho roxo ou se seria a cera de candelila, que já foi reduzida anteriormente, o responsável. Por fim, foi comprovado que as antocianinas são uma ótima solução para pigmentos naturais, e que é possível usar as mesmas extraídas do repolho roxo e que o melhor método para isso é a extração via alcoólica utilizando o álcool isopropílico 99,5%.A inserção da Aloe vera infelizmente não foi concluída devido não ter se achado um método eficaz de extração já que a mesma apresenta muita água em sua composição. O bálsamo labial foi formulado com sucesso já que o mesmo cumpriu os requisitos que foram propostos, ser hidratante, a mudança de coloração conforme o pH labial e é claro ele ser totalmente formulado com substâncias naturais e de origem vegetal seguindo as diretrizes de cosméticos naturais O aspecto meio arenoso após alguns dias, destacado nos resultados, pode ser em virtude da cera de candelila ter um ponto de fusão um pouco mais alto (69-73 °C) enquanto nos cosméticos disponíveis no mercado utilizam cera de abelha ou outras ceras com ponto de fusão menor. O problema quanto a arenosidade na textura do bálsamo foi solucionada através da adição de mais dois gramas de manteiga de cacau, que além de eliminar o aspecto aeroso também trouxe mais cremosidade e hidratação ao bálsamo labial. Palavras-chaves:Bálsamo labial.pH.Vegano.Repolho roxo.Pigmento.