O projeto “Mundos invisíveis, sons silenciosos: vamos descobrir, juntos, a beleza da diversidade sensorial?” é uma pesquisa realizada por um grupo de estudantes da turma 201, da Escola Municipal de Ensino Fundamental São José, de Flores da Cunha, orientados pela professora Flávia dos Santos Bacedo e coorientados pela professora Débora Zulian. O projeto teve início após uma atividade de sala de aula, na qual surgiu o problema de pesquisa: “Como podemos explorar de forma divertida e desafiadora a língua de sinais e o braille, abrindo caminho para uma comunicação mais inclusiva e enriquecedora com os colegas e a comunidade?” A partir deste questionamento, muitas hipóteses surgiram. Entre respostas positivas e negativas, o assunto passou a ser investigado, trazendo à tona, questões de acessibilidade e temas integradores, tão importantes e que devem ser discutidos. Este tema também possibilita uma reflexão acerca das relações interpessoais, a fim de buscar uma consciência social. Com o objetivo de promover a conscientização e sensibilização sobre as questões relacionadas à acessibilidade, surdez e cegueira, este projeto busca ainda, compreender que cada pessoa tem suas peculiaridades e todos precisam ser respeitados. Para isso, foram realizadas atividades a fim de desenvolver os objetivos propostos. Primeiramente, a equipe de pesquisa conheceu os alfabetos em Braille e Libras. A partir disso, o grupo dedicou-se à confecção de um crachá sensorial. Após essa atividade, os estudantes foram introduzidos ao estudo do alfabeto Braille com uso de células ampliadas. Ainda sobre a deficiência visual, jogos acessíveis/sensoriais, como a caixa misteriosa, a placa sensorial, uma obra sensorial e o reglete foram essenciais para o aprendizado nesse assunto. Sobre o estudo da deficiência auditiva, os pesquisadores aprenderam o alfabeto de Libras. Jogos como “palavra secreta” e o “bingo de Libras”, além de divertidos, foram esclarecedores. Além disso, aprenderam a canção “Era uma vez” de Kell Smith em linguagem de sinais. Para enriquecer os estudos, visitaram a APADEV: uma instituição que acolhe e educa pessoas com deficiência visual em Caxias do Sul e ainda receberam as visitas da intérprete municipal de Libras e a mãe de um aluno da escola que é deficiente visual, trazendo relatos sobre seus desafios cotidianos. Os resultados das pesquisas foram apresentados na Mostra Científico-Cultural da escola e na Etapa Municipal de Flores da Cunha. Por fim, foi possível concluir que a inclusão deve estar presente em todos os aspectos da sociedade e todos devemos fazer a nossa parte para que tenhamos um mundo mais acessível para todos.