Herbicidas são amplamente utilizados no combate a ervas daninhas, mas seu uso inadequado pode causar sérios impactos ambientais, especialmente na água e no solo. Este estudo focou no glifosato como herbicida modelo e investigou o potencial do carvão ativado e da vitamina C como neutralizadores de sua toxicidade. O carvão ativado, conhecido por sua alta capacidade de absorção de contaminantes, é usado em processos de purificação, enquanto a vitamina C, com suas propriedades antioxidantes, ajuda a combater os radicais livres e minimizar os efeitos tóxicos de substâncias químicas. A metodologia empregada foi o teste Allium cepa, que utiliza cebolas para detectar danos no DNA. Raízes expostas a substâncias tóxicas têm seu crescimento comprometido, o que serve como indicador de toxicidade. No experimento, foram usados 1g de vitamina C e 250mg de carvão ativado, dissolvidos em 90ml de água e 10ml de glifosato. Quatro grupos experimentais foram formados: um controle, um exposto apenas ao glifosato, e dois expostos ao glifosato com adição de vitamina C ou carvão ativado. Após sete dias de exposição, avaliou-se o crescimento das raízes. Os resultados mostraram que tanto a vitamina C quanto o carvão ativado apresentaram uma leve ação neutralizadora da toxicidade do glifosato aumentando o número e comprimento das raízes em relação ao grupo exposto apenas ao glifosato. Em conclusão, embora tenham mostrado algum efeito protetor, a capacidade neutralizadora de ambas as substâncias foi considerada pequena.