A pesquisa intitulada “Autodeclaração Racial entre Estudantes do Ensino Fundamental da EMEF Castro Alves: Percepções e Identidade” busca compreender as diferenças entre como as famílias identificam a raça dos alunos no momento da matrícula e como os próprios estudantes se percebem e se autodeclaram. Observou-se que, nos documentos da escola, 87% dos alunos foram registrados como brancos, mas, ao realizarmos a pesquisa diretamente com os alunos, esse número caiu para 58%. Por outro lado, a autodeclaração de alunos que se identificam como pardos aumentou de 7% para 31%, e os que se identificam como pretos subiram de 5% para 7%. Essas diferenças chamam a atenção para a dificuldade da identidade racial entre os jovens, especialmente no ambiente escolar, onde a autopercepção pode ser influenciada por diversos fatores, como o ambiente social, a educação recebida em casa e as dinâmicas raciais da sociedade. A pesquisa visa não apenas identificar as causas dessas diferenças, mas também promover uma maior conscientização entre os alunos sobre a importância de reconhecer e valorizar sua própria identidade racial. A metodologia adotada inclui a aplicação de questionários anônimos para os estudantes, cujos resultados serão comparados com os registros oficiais da escola. Além disso, o estudo utilizará como base teórica os trabalhos de Kabengele Munanga e Eliane Cavalleiro, que exploram a construção da identidade racial no Brasil e a importância de enfrentar o racismo desde cedo, principalmente no ambiente escolar. As conclusões esperadas da pesquisa enfatizam a necessidade de implementar atividades pedagógicas que não apenas valorizem a diversidade étnico-racial, mas também incentivem os estudantes a refletirem sobre sua identidade e se sentirem valorizados por quem são. Dessa forma, espera-se que a escola se torne um espaço mais inclusivo e consciente das diferentes realidades vividas pelos seus alunos.