O cultivo da soja (Glycine max) se faz de extrema importância para a economia brasileira. É o grão mais cultivado no Brasil, tendo uma perspectiva de produção na safra 2019/20 de 120 milhões de toneladas, apresentando essa cultura como o principal produto de exportação. Entretanto as ocorrências de pragas na plantação, assim como em outras culturas, prejudicam a produtividade e o rendimento, consequentemente afetando a produtividade em grande escala. Estudos mostram que, entre os insetos-praga existentes, a Anticarsia gemmatalis, popularmente conhecida como lagartada-soja, sendo uma das principais desfolhadoras da cultura. O principal método de controle da lagarta-da-soja é por meio da utilização de inseticidas químicos, porém com o uso elevado destes compostos os insetos tornaram-se resistentes a algumas moléculas de agroquímicos, passando a necessitar de uma demanda de aplicação maior para que se obtenha a mortalidade da praga, levando ao uso indiscriminado e afetando o meio ambiente e a saúde humana. Visando uma solução natural, surge a possibilidade de utilização de inseticidas botânicos, que eram utilizados antigamente por meio do uso de óleos essenciais e extratos de ervas e plantas. Tais substâncias, vieram a reaparecer no cenário mundial a partir da necessidade de um produto menos prejudicial a saúde e que tenha uma rápida ação garantindo a alta produção. Entre os inseticidas botânicos, a literatura cita atividade inseticida do óleo essencial e do extrato aquoso de Alecrim (Rosmarinus officinalis). Dessa forma, objetivou-se o controle biológico da A. gemmatalis, avaliando a atividade inseticida do óleo essencial e extrato aquoso de R. officinalis de maneira que comprove a eficácia na mortalidade da lagarta. Os tratamentos foram adicionados a dieta sólida da lagarta, sendo eles: óleo essencial e o extrato aquoso de Alecrim, ambos nas concentrações 0,1%, 0,5%, 1,0%, 1,5% e 2,0% v/v e como controles negativos Tween -80 (0,5% v/v), que foi utilizado para solubilizar o óleo essencial, e água destilada. Como controle negativo, foi utilizado o inseticida químico comercial Rimon® Supra (0,075% v / v, cujo princípio ativo é o novaluron). Foi avaliada a taxa de mortalidade em 24 h, 48 h, 72 h e 96 h. As dietas acrescidas com as concentrações de óleo essencial se mostraram mais eficientes em relação à mortalidade da lagarta-da-soja destacando as concentrações 1,0%, 1,5% e 2,0% como as mais eficazes, não variando estatisticamente. Palavras-chave: Lagarta-da-soja, Alecrim, soja, inseticida botânico, controle biológico.