A produção orgânica tem como objetivo a preservação do meio ambiente e da saúde humana. Desta forma busca-se o uso de meios naturais que garantam a produtividade das culturas sem causar danos expressivos ao solo, à água e à qualidade dos alimentos. Para isso a produção e o controle de doenças e pragas deve ser feito sem o uso de agroquímicos, já que contribuem significativamente para a contaminação do ambiente e dos alimentos produzidos. O quiabo (Abelmoschus esculentus) é muito consumidos em todo o Brasil, tendo muitos problemas em suas produções, tais como os pulgões e a antracnose. O objetivo deste estudo é avaliar diferentes caldas orgânicas no controle do pulgão e da antracnose em quiabeiros, testar a eficiência das caldas no desenvolvimento dos frutos, além da influência das mesmas sob o pH do solo, a germinação de sementes e o controle in vitro do patógeno causador da antracnose Colletotrichum gloeosporioides penz. As caldas foram compostas por alho, urina de vaca, enxofre e folhas secas e trituradas de Uva-do-Japão e Alamanda. Com esses materiais diluídos em um litro de água, foram obtidos 12 tratamentos mais o controle. As caldas ficam em um local sem incidência de luz durante uma semana. São aplicadas semanalmente nas plantas de quiabo, com o auxílio de um borrifador de pressão até o final do ciclo de vida das plantas, são avaliadas a presença do pulgão e da antracnose nas plantas e conforme o desenvolvimento dos frutos, os mesmos são colhidos e analisados. Para o teste do pH do solo, são separados potes com terra e o pH regulado, as caldas são aplicadas semanalmente e a mudança de pH avaliada, esse processo é realizado semanalmente durante dois meses. Para o teste de germinação das sementes, as mesmas são organizadas em placas de petri forradas com papel filtro, as caldas são aplicadas sobre as sementes então as placas são organizadas sob uma lâmpada, com um fotoperíodo de 12 horas, a germinação das sementes é observada todos os dias, após a germinação total as plântulas são avaliadas. Já para o controle in vitro do patógeno, inicialmente o fungo é inoculado, o meio de cultura BDA preparado e as caldas orgânicas diluídas nos meios, na concentração de 10%. Os meios são autoclavados juntamente com placas de petri, logo após o meio de cultura vertido e a repicagem do fungo para as placas são realizadas. As placas são embaladas e levadas para uma BOD, onde ficam em 25°C com fotoperíodo de 12 horas. São realizadas avaliações a cada 48 horas, medindo o crescimento micelial de cada colônia, estas análises são realizadas até que uma colônia atinja o diâmetro da placa. Os dados obtidos em cada um dos testes são submetidos ao teste de Scott-Knott a 5% de significância. O projeto encontra-se em andamento, não possuindo resultados concretos, porém até o momento as diferentes caldas orgânicas mostram-se eficazes, apresentando ótimos resultados.