Esta pesquisa tem por objetivo trazer informações sobre a utilização da linguagem neutra, assim, informando sobre um tema que pode causar estranhamento à primeira vista, mas que tem importante peso social. A linguagem neutra, em nosso país, foi idealizada por pessoas da comunidade LGBTQIA+, com a proposta de incluir pessoas não-binárias (que não se identificam como homem ou mulher) na língua portuguesa. No nosso idioma, temos como 3a pessoa do singular “ele” e “ela”, que possuem um direcionamento de gênero e não contemplariam as pessoas não-binárias. Assim, foi produzido o “ile” ou “elu”, atendendo essa necessidade, tendo como artigo, “ê” e “ês” e finalização de adjetivos com “e”. Por exemplo: Minhe amigue é queride. Termos como artista não seriam neutralizados justamente por serem neutros. Em outros países, a discussão também existe, sendo que nos Estados Unidos, o uso do pronome pessoal “they” (que se refere tanto para “elas” como para “eles”), foi incorporado para se referir a pessoas não-binárias, tendo em vista que não especifica o gênero de quem se conversa. Mesmo sendo plural, ele era utilizado antes quando não se sabia o gênero de alguém. De maneira geral, o inglês é um idioma mais fácil de neutralizar, por grande parte de seus termos não designarem gênero, como é o caso de “friend”. Os dados da pesquisa apontaram que, por sua importância para a comunidade LGBTQIA+, mesmo sem aprovação legal e acadêmico-científica, a linguagem neutra continuará sendo utilizada nesse meio como uma ferramenta de combate à discriminação linguística e, por extensão, de gênero.