Em meio à pandemia do Covid-19, diversos tipos de empregos tiveram que se adaptar às novas condições de trabalho, que envolviam como principal elemento a distância entre a empresa e o trabalhador. Os professores, além de não poderem estar presentes no seu local de trabalho, também não puderam estar presentes com seus alunos. A presença é um elemento essencial para o funcionamento desse tipo de emprego. No processo de adaptação, muitas funções, incluindo o trabalho docente, sofreram com a precarização das condições desse ofício e com a falta de equipamentos adequados para o desenvolvimento das atividades. Nesta pesquisa, nosso objetivo é entender como a adoção do ensino remoto afetou o emprego dos professores. Para isso realizamos pesquisas sobre os temas referentes ao trabalho docente, ao ensino à distância, à precarização do trabalho e à pandemia. Em seguida, aplicamos questionários aos professores sobre como está sendo o trabalho deles no ensino remoto. Realizamos também entrevistas com alguns professores visando compreender essa questão mais a fundo. A partir das informações obtidas conseguimos obter diversos dados importantes, como o fato de que 82% dos docentes que responderam o questionário disseram que tiveram dores musculares principalmente dor nas costas e tendinite e 72,1% tiveram problemas psicológicos em meio a pandemia, a informação de que 96,9% não tiveram alteração ou tiveram seu salário reduzido e que a falta de internet e equipamentos foram os fatores que mais acabaram comprometendo com o trabalho dos professores. Por meio disso concluímos que nossa hipótese foi corroborada, visto que a precarização está explícita no trabalho destes professores e que esta agiu de forma direta e negativa sobre os mesmos. Palavras-chave: precarização, trabalho docente, pandemia, ensino remoto, professores, quarentena.