O presente trabalho teve como objetivo analisar de que modo a segregação socioespacial reflete no acesso à água potável em comunidades como Parque do Sol, Lajeado e Dom Antônio Barbosa, localizados na porção Sul da cidade de Campo Grande – MS. A pesquisa comparou a quantidade de pessoas que apresentaram problemas de saúde com a forma de abastecimento da água, onde uma grande quantidade de crianças e idosos demonstraram viver em condições insalubres. Na primeira etapa do projeto, aplicou-se um questionário sobre as características socioeconômicas, levantando a forma de abastecimento de água e os principais problemas de saúde relacionados à mesma. Na segunda etapa, realizou-se análises da água a partir do método de coleta qualitativo para averiguar se a água estava adequada para o consumo humano. Após levantamento de dados, constatou-se que 91% dos moradores recebiam em média menos de um salário mínimo mensal, 20% dos entrevistados consomem água de poço, sendo que 70% dos poços se encontram próximos à fossa séptica. Os sintomas relacionados com o consumo de água do poço foram diarreia e dores abdominais, sugerindo um quadro de infecção intestinal. Nesse sentido, considerou-se oportuno efetuar análise da qualidade da água nas residências que apresentam água advinda de poço, que relacionado ao uso inapropriado, se torna o principal meio de contaminações. Avaliou-se, ainda, as propriedades químicas da água coletada, sendo fator de alarde o pH, que se apresentou fora dos padrões permissíveis. Também se constatou que a presença de coliformes totais e fecais estava fora dos padrões de consumo, sendo que esse aspecto insinua uma contaminação fecal na água analisada. Com esta apuração, considerou-se oportuno buscar alternativas que facilitem o acesso da população às informações fundamentais para diminuição da mazela encontrada na localidade. Após estudos, decidiu-se que tal ato se dará através da criação de uma cartilha que explanará as opções, que contribuem de forma eficaz no consumo de água de qualidade.