Sabe-se que a pandemia está sendo um período de dificuldades para todos. Há relatos de pessoas que se sentiram muito solitárias, ansiosas, deprimidas e preocupadas com a sua saúde, de seus familiares e amigos. Sendo que algumas encontraram em seus animais de estimação uma companhia para enfrentar essa situação. Surge então, o nosso problema de pesquisa: De que maneira a convivência com os animais durante a pandemia influenciou no aspecto emocional das pessoas? Tendo como o objetivo, compreender se a convivência com os animais durante a pandemia influenciou no aspecto emocional. A metodologia envolveu a aplicação de um questionário simples com 355 pessoas com idade a partir dos 10 anos e que possuíam animais domésticos, além da pesquisa bibliográfica e de palestras com profissionais de diferentes áreas. Os dados coletados foram analisados a partir da técnica de análise de conteúdo, por meio da triangulação das fontes utilizadas. A partir da análise, percebemos que as pessoas encontraram em seus animais um conforto em função da pandemia, tanto para buscar aconchego, quanto para extravasar suas energias e alegrias. O convívio com animais de estimação gera mudanças fisiológicas em nosso organismo, como produção de oxitocina e redução do cortisol, que é uma substância associada ao nível do estresse. Portanto, concluímos que essa convivência influenciou de diversas maneiras o aspecto emocional das pessoas, principalmente nas questões que envolveram a sociabilidade e os vínculos de afeto. Em contrapartida, com a estabilização da pandemia e o retorno a uma rotina presencial, identificou-se o crescente abandono de animais domésticos. A partir desse contexto, a nossa pesquisa gerou uma ação de conscientização sobre o problema do abandono e a posse responsável de animais.