As comunidades Carajás e Brilho do Sol são assentamentos do município de Porto do Mangue-RN, essas comunidades sobrevivem da produção do corte da castanha do caju e do cultivo de algumas outras plantações. Com isso, percebemos na visita de campo que muitos castanheiros sofrem com as consequências do óleo da castanha, prejudicando a saúde, apagando as digitais e queimando a pele. Nos propusemos a produzir uma luva artesanal que ajudasse o trabalhador no corte da castanha sem prejudicar suas mãos durante o corte. Os métodos usados na pesquisa foram leituras bibliográficas, visitas de campo, confecção da luva artesanal com borracha de câmara de ar (pneu), tesoura, linha e máquina de costurar, além de aplicação de testes com a luva, entrevistas e questionários pré-elaborados. Os dados foram analisados de maneira qualitativa. Os resultados obtidos nas entrevistas com 27 mulheres e 14 homens identificaram que a luva artesanal tinha durabilidade, resistência e pouca flexibilidade, que segundo os mesmos, a falta desta última, não influenciava negativamente a produção da castanha, bastava substituir a câmara de ar de pneu por uma mais fina. Pelo contrário, ajudava evitar as queimaduras nas mãos com o ácido anacárdico (óleo da castanha). Os dados conclusivos desta pesquisa apontam para um reaproveitamento de borracha, economia financeira, e empatia com o trabalho dos castanheiros, trazendo uma solução sustentável e durável diminuindo as queimaduras provocadas pelo ácido. Palavras Chave: Luva artesanal, Ácido anacárdico, Castanheiros.