O mercado agrícola vem se modernizando com técnicas mais sustentáveis e exploração de novas plantas. Os microverdes surgem para ampliar o mercado, abrir nichos para a agricultura familiar e urbana e incrementar o ramo da gastronomia. Os microverdes são produtos alimentícios em versões minúsculas, produzidos a partir das sementes de vegetais que podem fornecer sabores intensos, cores vivas e texturas nítidas. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a influência de diferentes substratos na germinação e na qualidade de plântulas de microverdes para consumo humano na cultura da beterraba (Beta vulgaris L. subsp. Vulgaris). Foram testados cinco substratos: papel toalha (T0), areia (T1); casca de arroz carbonizada (T2); substrato comercial (T3) e vermiculita (T4). Foram realizadas quatro repetições de 20 sementes cada, plantadas em embalagens individuais, distribuídas aleatoriamente em bandejas de alumínio, em casa de vegetação, irrigadas por floating, à temperatura de 27±2 ºC e 97% de umidade relativa. Após a coleta dos dados de massa fresca de raiz (MFR) e massa fresca de parte aérea (MFPA), o material foi embalado em sacos de papel e submetido à estufa com temperatura entre 50 e 55 °C, até que a massa das amostras permanecesse constante. Foram então coletados os dados de massa seca de raiz (MSR) e massa seca de parte aérea (MSPA). A análise estatística de MFPA, MSPA e MFR mostrou que existem diferenças significativas entre os tratamentos (p=5%), mas o teste de homogeneidade de variâncias indicou que estas não podem ser consideradas homogêneas (P=0,0023). Em relação ao teste de normalidade dos resíduos, as variáveis MVPA e MVR não podem ser consideradas normais (p=0,0041). Desta forma, os dados destas características foram submetidos à análise de Kruskal Wallis, utilizando as medianas e fazendo os contrastes por meio do teste do chi-quadrado. Ainda assim não foram detectadas diferenças significativas entre os tratamentos. Para MSR, os testes indicaram resíduos normais e as variâncias homogêneas. O teste Tukey de comparação de médias apresentou T3: média = 14,975mg (a); T4: média = 10,85mg (ab); T1: média = 5,55mg (bc); T0: média = 5,075mg (bc) e T2: média = 3,075mg (c). Podemos verificar que os tratamentos 3 e 4 não podem ser considerados diferentes, no entanto o tratamento 3 difere estatisticamente dos outros (T1, T0 e T2), apresentando a maior média. Não foi possível detectar diferenças significativas estatisticamente entre T4 e T1 ou T0, mas T3 é diferente destes. Embora não tenha sido detectada diferença estatística entre T3 e T4, a média é superior. Em valores absolutos, T3 apresentou médias superiores para todas as características, podendo ser um indicativo de que a utilização de maior número de repetições permita detectar diferenças entre os tratamentos T3 e T4. Sugere-se a repetição do experimento com maior número de repetições. Como aprendizado foi extremamente importante para os alunos envolvidos.