A comunicação e o acesso à informação entre os seres humanos sempre foi primordial para o desenvolvimento social, cultural, econômico e político. No município de Viamão, que tem seu desenvolvimento ancorado na agricultura, existem muitas propriedades rurais de pequeno porte, típicas da agricultura do tipo familiar, que necessitam de aporte técnico e científico para incrementarem a produção de alimentos, principalmente os orgânicos. O desenvolvimento rural do município requer que existam técnicos agrícolas eficientes e preparados para o atendimento dos pequenos produtores, porém, vê-se casos em que a promoção do incremento de renda é afetada pela assimetria de informação entre técnicos e agricultores. Por essa razão e de um contexto mais específico, a troca de informações entre agricultores e técnicos agrícolas vêm exercendo um papel central para a expansão e gestão adequada de propriedades rurais. Dessa maneira, esse trabalho tem o objetivo central de entender se existe algum tipo de assimetria na comunicação e na troca de informações entre agricultores e técnicos, em ações de extensão e gestão rural, consequentemente reproduzindo dificuldades na tomada de decisões nas propriedades da agricultura familiar. Como parte do desenvolvimento do trabalho utilizamos a abordagem qualitativa, onde realizamos um estudo de caso. A forma de coleta de dados se deu por meio de um questionário com questões abertas, que, por sua vez, gerou cinco entrevistas, respondidas por produtoras que realizam trabalhos na área da agricultura orgânica. Com os principais resultados podemos dizer que sim, vemos uma discrepância das informações trocadas entre técnico e produtor, principalmente em termos de agroecologia. Além disso, a partir dos resultados coletados das respostas de duas agricultoras, foi concluído que técnicos recém formados também têm contribuído de alguma forma na gestão das propriedades agrícolas. Portanto, à guisa de conclusão, consideramos que o estudo foi benéfico para ambas partes, tanto para as idealizadoras do projeto, quanto para as agricultoras, permitindo a geração de novos trabalhos de pesquisa. PALAVRAS CHAVE: comunicação, agricultura familiar, assimetria