A cem anos um grupo de artistas e intelectuais inaugurou um movimento para apresentar ao mundo o que se poderia entender como a identidade nacional moderna. A Semana de Arte Moderna trouxe um desafio estético, conforme se vê no discurso e Manifesto feito por Graça Aranha. As artes expostas não tinham sido feitas para serem bonitas, mas sim para chocarem. O movimento Modernista teve algumas fases e discursos distintos, um deles foi o movimento antropofágico, onde se propunha “devorar” as influências externas e devolver para cultura o resultado dessa assimilação. Da mesma forma e bebendo na fonte do antropofagismo cultural do modernismo, vem o Tropicalismo, também propondo uma nova e inconvencional visão da identidade nacional, os Tropicalistas liderados pelos cantores e compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso. Deste modo, esse trabalho é uma pesquisa bibliográfica e analítica que compara o movimento antropofágico modernista e o movimento tropicalista, tendo como ênfase a ideia de identidade nacional moderna. Objetiva compreender as influências nos dois movimentos, comparar os manifestos e elevar o debate sobre identidade cultural brasileira. Tal pesquisa se justifica nesse momento de mais um contexto de discussão identitária e efervescência política e o massivo consumo de produtos culturais externos, tornando-se pertinente questionar essas noções de identidade e tentar conhecer as novas realidades. A pesquisa tem inicialmente como referência os textos e as letras das músicas, os dois manifestos culturais e autores como: Oswald de Andrade, Graça Aranha, Nelson Mota, Caetano Veloso e Lilia Schwarcz. E objetiva concluir que o tropicalismo se apropriou muito das ideias modernistas antropofágicas e que ambos contribuíram para uma ideia de identidade nacional moderna. Esse é um trabalho monográfico de análise e comparação e terá como produto final um relatório. Palavras chaves: Modernismo; antropofagia; identidade nacional; tropicalismo; música.