O uso incorreto de herbicidas químicos no controle de pragas e patógenos tem ocasionado diversos problemas ambientais e levantado várias questões de saúde humana. Nesse contexto, os bioherbicidas destacam-se como alternativa ao controle convencional. A pesquisa tem como objetivo avaliar o potencial herbicida do tambuava do campo (Enterolobium maximum) no controle de pragas e patógenos em sistemas de cultivo de agricultura de subsistência, visando alternativas ao controle químico e proporcionando uma agricultura mais sustentável. No trabalho, realizou-se a coleta das favas do tamboril, a produção do extrato, a extração do princípio ativo, a coleta de plantas infectadas, a aplicação do extrato em folhas de mamoeiro e hortaliças contaminadas por fungos, a aplicação do extrato nas hortaliças infestadas por pragas, ensaios comparativos entre bioherbicida e herbicida químico, além das análises do solo após a aplicação dos herbicidas. Os princípios ativos herbicidas encontrados no tamboril foram a saponina (80%), triterpeno e limonoíde (20%). Nos testes utilizando dosagens de 30%, 40% e 50% do extrato, foram obtidos resultados positivos no mamoeiro, com variação de 76% a 100%, e nas hortaliças, com variação de 73% a 97%. No controle de pragas nas hortaliças, a repelência atingiu 98%. Na avaliação do solo, os canteiros que receberam o bioherbicida do tamboril do campo apresentaram apenas 6% de saponina e menos de 1,0% de outros contaminantes, enquanto os canteiros tratados com herbicida químico exibiram teores entre 48% e 52%, indicando um índice alarmante. Os principais metais encontrados nas análises foram cádmio (10%), arsênio (8%), chumbo (33%), níquel (13%), zinco (25%) e manganês (11%). Diante desses resultados, a aplicação do bioherbicida extraído das plantas mostra-se como uma alternativa viável para uma agricultura mais sustentável. Isso viabiliza a produção de alimentos mais saudáveis, sem comprometer a saúde humana e os recursos naturais. Palavras Chaves: Saúde humana, Meio ambiente, Sustentabilidade.