Diversas pesquisas têm lançado alertas sobre a quantidade crescente de microplásticos presentes nos oceanos, pequenas partículas com tamanho inferior a 5mm, que têm gerado efeitos altamente nocivos para os ecossistemas marinhos, a vida aquática e até mesmo para a saúde humana. Recentemente, evidências têm ressaltado não apenas sua presença nas águas oceânicas, mas também sua aparição no ar que respiramos e até mesmo em nossa corrente sanguínea. Esses microplásticos têm diversas vias de dispersão, incluindo os efluentes domésticos provenientes das atividades cotidianas, bem como os industriais provenientes de processos de fabricação. Além disso, artefatos de pesca abandonados e descartados também contribuem significativamente para a disseminação dessas partículas. Os microplásticos podem se apresentar tanto em forma primária – aqueles que são originalmente fabricados com dimensões diminutas -, quanto em forma secundária, resultantes da fragmentação de plásticos maiores. Projeções alarmantes indicam que entre 9,6 milhões a 48,8 milhões de metros cúbicos de microplásticos poderão estar em suspensão nos oceanos até o ano de 2100, caso medidas eficazes de contenção não sCategoria EJAm implementadas. Diante desse cenário, a pesquisa direcionou seu foco para analisar minuciosamente a presença de microplásticos na praia de Boa Viagem/ Recife, além de investigar a degradação de sacolas plásticas – que constituem fonte importante do problema – em um ambiente controlado, simulando condições específicas (caixa UV). Esse estudo foi conduzido com o objetivo de compreender os impactos resultantes da acumulação dessas partículas no ecossistema marinho. Através divulgação e implementação de medidas de controle efetivas, inspiradas pelos dados levantados neste e em outros estudos, poderemos adotar um papel ativo na proteção dos oceanos e na preservação da saúde global. A responsabilidade recai sobre governos, indústrias e em cada indivíduo, todos têm um papel importante a desempenhar na mudança para um ambiente mais sustentável.