A vida de Anne Frank em meio ao Holocausto: preconceito étnico-racial e religioso em comparação com os dias atuais Dominique Ruoso Kleinpaul Maria Eduarda Rüchel Rafaela Malheiros Diamar Ruoso – Orientadora Cristiane Bier Reichert – Coorientadora Este trabalho tem como tema o Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial e o preconceito étnico-racial e religioso baseado na história de Anne Frank e das pessoas que viveram o mesmo drama durante esse período, em comparação com os dias atuais. O Holocausto ocorreu de 1933 a 1945, intensificando-se na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Liderado por Adolf Hitler, teve como motivação o antissemitismo decorrente da suposta posição social privilegiada do povo judeu e terminou com o fim da Guerra, quando a Alemanha de Hitler foi derrotada e os sobreviventes dos campos de concentração foram libertados. Como Anne Frank, sua família e outros não pertenciam à raça ariana, e eram judeus, foram obrigados a se esconder para não morrerem. Contudo, foram capturados e levados a campos de concentração, onde vieram a falecer. O objetivo geral é analisar se as jovens do Primeiro Ano do Ensino Médio das escolas de Nova Petrópolis/RS já sofreram algum tipo de preconceito por suas origens étnico-raciais ou religiosas com base nas situações vividas por Anne Frank. Após a leitura do livro “O diário de Anne Frank”, escrito por ela em meio à Segunda Guerra Mundial, durante o Holocausto, teve-se curiosidade em saber se, mesmo sem o Holocausto, as jovens continuam sofrendo esse tipo de preconceito. Acredita-se que meninas continuam sofrendo preconceitos ou discriminação por sua etnia ou religião, fazendo-as se sentirem feias, vulneráveis, julgadas e deprimidas A metodologia se baseou na leitura do diário já citado, na pesquisa em sites confiáveis na internet; livros; vídeos; entrevista ao Museu do Holocausto em CuritibaPR e entrevistas, por meio de um formulário do Google, com adolescentes do Primeiro Ano do Ensino Médio de escolas públicas e privadas de Nova Petrópolis/RS com a idade aproximada da Anne Frank quando morreu. Como resultado das entrevistas, a maioria das respostas obtidas foram de escola pública em relação às privadas, das quais a maioria respondeu que conhece a história de Anne Frank. Destas 75% das estudantes nunca sofreram preconceito étnico ou religioso e afirmam que também não o praticam, já 25% sofreram e em um dos relatos foi colocado: “É horrível quando julgam sua crença, sua religião apenas pela sua fé. Pior ainda quando tentam te convencer de mudar de ideia e ficam te questionando e julgando”. Apesar de 96,4% terem respondido que o preconceito é errado, 3,6% o acham certo. Isso pode parecer um número pequeno, mas em uma escala global tornar-se-ia significativo. Como conclusão, percebeu-se que as hipóteses deste trabalho estão parcialmente corretas, pois não foi apenas Anne, e sua família, que sofreram com o Holocausto devido às suas origens judaicas, também outros grupos étnicos-raciais e religiosos sofreram. Observa-se também que nem todas as meninas do Primeiro Ano se sentem mal, oprimidas, feias, vulneráveis, julgadas ou deprimidas. Até ficam bem, sem se ofender, porém algumas, em suas respostas no questionário, manifestaram que sofrem com isso, por ser um tema sensível. Palavras chaves: Holocausto, preconceito, Anne Frank