O Brasil, assim como muitos países em desenvolvimento, tem observado um aumento preocupante no número de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas. Recentemente, um estudo minucioso foi realizado no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), uma cidade localizada na região sul do Estado do Maranhão, e seus resultados lançam luz sobre a necessidade de intervenções imediatas e políticas públicas direcionadas. Para contextualizar, as motocicletas têm se tornado um dos principais meios de transporte nas cidades brasileiras, especialmente em Imperatriz. A facilidade de aquisição, a agilidade no trânsito congestionado e o baixo custo de manutenção as tornam uma opção atrativa para muitos, especialmente jovens adultos. Porém, com essa popularização, também vemos o crescimento nas estatísticas de acidentes. E o que o estudo no HMI revelou é que o perfil da vítima é, em sua maioria, composto por jovens do sexo masculino, com idade entre 15 e 49 anos. Esta faixa etária é especialmente significativa, pois representa uma grande parcela da população em fase produtiva, muitos dos quais são os principais provedores para suas famílias. Os impactos desses acidentes não se restringem apenas às sequelas físicas e emocionais que as vítimas e suas famílias enfrentam. Há também graves consequências socioeconômicas. No núcleo familiar, o afastamento ou até mesmo a perda de um ente querido pode resultar em instabilidades emocionais, financeiras e sociais. Estas desordens no âmbito familiar afetam, especialmente, crianças e idosos dependentes. Mas as implicações vão além. Quando ampliamos a análise, percebemos que esses acidentes representam um custo significativo para os cofres públicos. Os serviços de saúde, desde o atendimento emergencial até a reabilitação de vítimas, demandam investimentos consideráveis. E não podemos esquecer do impacto na Previdência Social, com benefícios e auxílios concedidos em decorrência dos acidentes. O Brasil, de acordo com estatísticas, gasta aproximadamente 220 bilhões de reais anualmente com acidentes de trânsito. E se considerarmos que o perfil majoritário das vítimas em Imperatriz é semelhante ao de outras regiões, temos uma situação alarmante que merece ação imediata. É crucial que Imperatriz, assim como outras cidades brasileiras, implemente medidas de segurança e conscientização. A capacitação de motoristas, a fiscalização efetiva, a implementação de campanhas educativas e o investimento em infraestrutura são ações imprescindíveis. Além disso, é fundamental promover uma cultura de respeito e cuidado no trânsito, onde cada vida é valorizada. Em suma, a redução dos acidentes de motocicletas não é apenas uma questão de preservar vidas. É uma necessidade para garantir o bem-estar socioeconômico, aliviar os gastos públicos e assegurar que a força produtiva do país continue ativa e próspera. As evidências apresentadas pelo estudo do HMI são um chamado à ação, um alerta sobre a importância de direcionar esforços e recursos para essa causa. Palavras-chave: Trânsito; Acidentes de trânsito; motocicletas