No Brasil, estima-se que 25% das mulheres tenham depressão pós-parto, segundo estudo feito pela Fiocruz. Em 2022, o grupo fez uma investigação sobre DPP e nos resultados concluímos que: 15% das mães disseram ter tido depressão pós-parto, o que se aproxima da informação da Fiocruz. Nos resultados, percebemos muitos relatos que nos pareceram estranhos, o que viemos a descobrir ser a violência obstétrica. Achamos importante continuar pesquisando sobre o tema e explorar essas questões investigando se a depressão pós-parto pode aparecer mais frequentemente em decorrência de violência obstétrica? Acreditamos que quem sofre violência obstétrica tenha mais motivos e chances de desenvolver a depressão pós-parto. Gostaríamos de identificar as violências obstétricas sofridas e relacionar com a depressão pós-parto. Realizamos pesquisas na internet, coletamos dados sobre situações ocorridas nos partos nas mulheres do bairro Santo Afonso, realizamos entrevistas com especialistas, informações da UBS, produzimos materiais informativos e de sensibilização. Das 21 mulheres que entrevistamos, 4 relataram procedimentos que não sabiam para que serviam. 7 mulheres (30%) relataram gritos e auxílio de força por parte dos médicos. Percebemos que as mulheres em geral não têm conhecimento sobre o que é permitido ou não durante a gestação e trabalho de parto, pois relataram situações de violências obstétricas como se fosse algo normal. PALAVRAS-CHAVE: Violência obstétrica; Depressão pós-parto; parto e puerpério; direito das mulheres.