O ponto de partida deste trabalho foi a curiosidade das crianças pelo idioma espanhol, língua que frequentemente é ouvida na sala, na escola e no bairro, devido à grande presença de imigrantes e refugiados venezuelanos na comunidade escolar. Assim a pesquisa teve como problema – Onde fica a Venezuela e como era viver lá? E as crianças foram ao longo do tempo criando as seguintes hipóteses: “A Venezuela fica longe. Acho que eles vieram de lá de avião, de carro ou de ônibus”. – “Quem nasce lá fala inglês.” – “No, es español!” – “Eu conheço uns venezuelanos que moram perto da minha casa.” – “Eu era pequena quando eu morava lá longe..” dessa forma, A pesquisa baseou-se de forma prioritária nos conhecimentos empíricos tanto das crianças venezuelanas quanto brasileiras. Nossas descobertas se deram através de conversas e troca de experiências com venezuelanos (crianças, familiares e funcionários da escola). Como metodologia foi utilizado Mapeamento (localização do Brasil e da Venezuela no mapa, quantificação de alunos venezuelanos na escola), pesquisa de imagens e vídeos (paisagens, manifestações culturais e artísticas), pesquisa bibliográfica (costumes e cultura, histórias e músicas infantis típicas), entre outras formas de enriquecer o trabalho de pesquisa. A partir destas análises foram observados necessidades da escola como uma profissional de língua espanhola que possa favorecer as comunicações entre alunos e alunos, professores e alunos, professores e comunidade. Como principais resultados tivemos a percepção da ampliação dos horizontes culturais das crianças que conheceram histórias de vida, modos de viver e se expressar.