O trabalho de pesquisa foi realizado por alunos do Jardim I e II da EMEF Professora Maria Josepha Alves de Oliveira explorando o conceito de “tatu” em diferentes contextos. A origem desse estudo surgiu da curiosa prática das crianças em colocar o dedo no nariz e muitas vezes até consumir o que encontravam lá. As conversas em sala de aula em torno desse comportamento gerou indagações sobre a possibilidade de comer o que elas chamavam de “tatu”. A partir dessa prática surgiu a pergunta: “Posso comer tatu?” Logo os alunos levantaram duas hipóteses: tatu do nariz não, mas tatu bicho sim! Movidos por esse interesse e questionamento, o objetivo geral: descobrir se podemos comer tatu, seja ele meleca do nariz ou bicho e como objetivos específicos: pesquisar o que é o tatu meleca e o tatu animal; descobrir por que a meleca do nariz é chamada de tatu; investigar quais são as consequências de comer o “tatu” do nariz; pesquisar a possibilidade de comer o tatu animal. Para responder à questão central do projeto, optou-se por uma abordagem qualitativa, visando capturar a riqueza e a complexidade das percepções e informações coletadas. Inicialmente, para sondagem foi construído um gráfico com as respostas à pergunta: “Posso comer tatu?”. E para responder a questão central da pesquisa foram realizadas pesquisa com familiares para entender o que eles entendiam por “tatu”; observação do nariz para compreender o conceito de “tatu” do nariz; observação de um tatu empalhado; registro das observações; pesquisa online sobre o “tatu” meleca e animal, palestras com um médico otorrinolaringologista; uma veterinária; um engenheiro agrônomo e um açougueiro que explorou a carne “tatu” de origem bovina; observação e análise de imagens para identificar essa carne no gado; degustação da carne bovina “tatu”; construção de gráfico para categorizar as possibilidades de consumo de “tatu”; e análise e conclusões baseadas nos dados coletados. A pesquisa revelou uma série de descobertas intrigantes. Inicialmente, constatou-se que a meleca do nariz, popularmente denominada “tatu”, é uma mucosa seca que se forma nos pelos nasais e tem a função de proteger as vias respiratórias. No entanto, essa “crosta” não deve ser consumida devido às impurezas presentes e ao potencial desconforto abdominal. No que diz respeito ao “tatu” animal, os alunos compreenderam que se trata de um mamífero que vive em tocas subterrâneas e está em risco de extinção. Como resultado, não é apropriado consumir esse animal. Porém, a descoberta mais surpreendente foi a identificação de uma carne bovina chamada “tatu”, que pode ser consumida e é encontrada em açougues e supermercados. Essa carne sim pode ser consumida e quando preparada fica muito gostosa. Essa informação confirma a ideia de que podemos comer tatu, desde que seja o da carne bovina. A pesquisa proporcionou aos alunos uma ampla compreensão das diferentes conotações do termo “tatu” e da complexidade envolvida em cada uma delas. Ao explorar o “tatu” do nariz, o “tatu” animal e o “tatu” carne bovina, os alunos puderam esclarecer dúvidas, desfazer mal-entendidos e adquirir conhecimentos valiosos. Palavras-chave: tatu; meleca; bicho.