A condição da mulher em relação ao homem sempre foi de inferioridade. A história comprova que a mulher sempre teve o papel de coadjuvante nas relações sociais e também no mercado de trabalho. Porém, após muita luta, e com o passar do tempo, a mulher passou a ocupar lugares de igualdade na família e a executar tarefas de menor esforço. Mais adiante, as mulheres foram ocupando cargos fora de casa e se aventurando no mundo do esporte. A partir disso, o presente trabalho propõe uma análise teórica e empírica sobre a (ainda) presente desvalorização do futebol feminino no Brasil. Dentre as justificativas para a realização deste estudo, podemos dizer que, mesmo com a diminuição da desigualdade de gênero, o futebol no Brasil ainda é muito relacionado ao sexo masculino. Isso é possível de constatar por meio da mídia, que transmite mais jogos masculinos, dos patrocínios e dos baixos investimentos dos clubes em seus times femininos. Desse modo, esta pesquisa tem por objetivo analisar o interesse da população brasileira pelo futebol feminino. Para tanto, contamos com formulários de pesquisa a fim de entender os possíveis motivos pelos quais o futebol feminino não é valorizado no Brasil. O estudo aborda também dados teóricos sobre questões como dificuldades que as mulheres enfrentam para iniciar uma carreira no futebol, o investimento que esse esporte recebe, aspectos salariais e a visibilidade que este possui na mídia. Além disso, desenvolvemos uma pesquisa de campo, com pessoas das mais variadas idades, para descobrir o grau de interesse que elas possuem pelo futebol feminino (se costumam acompanhar jogos e/ou se conhecem jogadoras mulheres). Também realizamos entrevistas com jogadoras de futebol. Os resultados obtidos demonstram que menos da metade das pessoas se interessam por futebol feminino ou tem a prática de assistir a jogos por qualquer meio digital. A grande maioria nunca assistiu a um jogo ao vivo de algum clube profissional de futebol. Os dados analisados também demonstram que há um consenso de que o futebol feminino ainda é desvalorizado no Brasil e de que a culpa é, em parte, da população brasileira que não valoriza e não se interessa pelo assunto.