Em pleno século XXI, o século da modernidade tecnológica e globalizada, nos deparamos com cenas de dor e sofrimento de povos que caminham pedindo asilo em terras distantes dos seus locais de origem. Esse fluxo de pessoas foge de conflitos, da violência e de perseguições, sendo mais de 68 milhões de pessoas são forçadas a sair pelo mundo, mais da metade delas, crianças. A ACNUR, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, tem como missão dar apoio e proteção a refugiados de todo o mundo e suas principais soluções são a repatriação voluntária, integração local e reassentamento em um terceiro país. É de extrema importância que a sociedade civil acompanhe o drama dos refugiados para que o sofrimento possa ser atenuado e prevaleça a solidariedade entre os povos. Faz-se necessário a promoção de ações que possibilitem a compreensão por parte das comunidades sobre o drama vivido pelos refugiados, principalmente os que vivem na nossa cidade e região metropolitana. Ninguém abandona sua terra natal porque quer, mas a necessidade de lutar pela sobrevivência obriga essa condição. Muitas são as pessoas que criticam o acolhimento dos refugiados pelo mundo, e no Brasil não é diferente. Esse projeto de pesquisa leva para a sala de aula o drama vivido pelos refugiados e busca saber se as pessoas aceitam, na comunidade onde vivemos, a entrada dos refugiados venezuelanos na cidade do Recife. A hipótese foi confirmada: “As pessoas são preconceituosas em relação aos grupos de refugiados que estão chegando ao Recife e região metropolitana”. Como cidadãos e cidadãs de direitos, devemos lutar pela permanência da paz, da liberdade e do respeito entre os povos, e como não conseguiríamos alcançar imediatamente o mundo todo, devemos fazer isso nos nossos locais de vivência, ou seja, onde moramos e estudamos. Nós não podemos pôr fim no sofrimento de um grupo humano em trânsito, o drama dos refugiados está longe de ter um fim, mas podemos estar sensíveis aos seus problemas e dificuldades, compreendê-los nas suas dores e nas suas lutas. Palavras-Chave: Refugiados, Caminhos e destinos, Preconceito e Intolerância.