Neste trabalho, pretendemos identificar quais são os fatores que levam à hipersexualização infantil em anúncios publicitários, buscando também alertar sobre os perigos causados por essa exposição. A escolha deste tema justifica-se após uma das integrantes assistir a um vídeo (no TikTok) em que uma usuária interpreta uma criança, porém, estava vestida e agia com cunho sensual. Motivadas pelo contexto atual, as integrantes do grupo observaram a necessidade de pesquisar mais sobre o tema. Entende-se, desse modo, que nosso objeto de estudo consiste em uma pesquisa acerca dos fatores que influenciam a hipersexualização infantil em anúncios publicitários divulgados na internet. Sendo assim, buscamos respostas para o problema de pesquisa: Quais fatores contribuem para a hipersexualização de crianças em anúncios publicitários? Nossas hipóteses eram: a) exposição desnecessária do corpo e da imagem do menor pelos familiares; b) incentivo dos responsáveis à realização de propagandas que evidenciam a alta exposição da criança; c) exibição excessiva do menor por parte da marca, com o objetivo de se promover em cima da criança. Para confirmá-las ou refutá-las, realizamos uma pesquisa bibliográfica para conceituar a sexualização infantil e suas características e também para compreender como se dá a análise de texto e discurso. Além disso, perante uma abordagem qualitativa, realizamos entrevistas com profissionais da área (psicólogos) e analisamos suas respostas. Depois, fizemos a seleção de anúncios publicitários, divulgados na internet, que evidenciam essa sexualização para, com base na teoria, analisar os discursos presentes nesses textos. Como resultado significativo desta pesquisa, afirmamos que a maior parte dos entrevistados, que têm um alto grau de entendimento sobre o assunto, concordam veementemente com nossas hipóteses, assim como as reafirmam. Em síntese, concluímos que o incentivo dos responsáveis aliado às pretensões de marcas cujo desejo está na autopromoção às custas da imagem de um menor de idade são fatores que contribuem para a hipersexualização infantil nas publicidades.