A resistência bacteriana, muitas vezes resultante do uso inadequado de antibióticos, é um dos maiores desafios de saúde pública no século XXI. Entre os fatores que impulsionam esse fenômeno, a antibioticoterapia precoce em crianças desempenha um papel central. Na pediatria, infecções respiratórias, otites e infecções urinárias são comumente tratadas com antibióticos, mesmo que, em muitos casos, o agente causador possa ser viral, o que não justificaria seu uso. O uso excessivo e inadequado de antibióticos em crianças contribui significativamente para o desenvolvimento da resistência bacteriana. Muitas vezes, antibióticos são prescritos para infecções de origem viral, onde não são necessários, aumentando a pressão seletiva sobre bactérias e favorecendo a proliferação de cepas resistentes. Em pediatria, esse impacto é ainda mais preocupante devido ao sistema imunológico e à microbiota intestinal em desenvolvimento. A disseminação de bactérias resistentes torna infecções mais difíceis de tratar, resultando em complicações graves e comprometendo a eficácia futura dos antibióticos.Entender como o uso inadequado ou excessivo de antibióticos contribui para o surgimento de bactérias resistentes em crianças. A partir dessa compreensão, busca-se promover práticas mais racionais e seguras no uso de antibióticos, com o intuito de preservar a eficácia dos tratamentos, reduzir a incidência de infecções resistentes e proteger a saúde infantil a longo prazo. Além disso, o estudo visa sensibilizar profissionais de saúde e cuidadores sobre a importância do uso responsável dos antimicrobianos. Foi aplicado questionário para os estudantes do Complexo Educacional Dom Bosco, com 20 perguntas simples e objetivas para contribuir com a coleta de dados para a pesquisa do trabalho. Dadas as pesquisas e estatísticas do trabalho, entende-se é essencial promover o uso racional de antibióticos, com diagnósticos precisos, orientação adequada aos pais e profissionais de saúde, além de estratégias preventivas, como vacinação e boas práticas de higiene. Somente com uma abordagem consciente será possível frear o avanço da resistência bacteriana e preservar a eficácia dos tratamentos futuros. Consoante a isso, a prescrição incorreta, seja em infecções virais ou em doses inadequadas, favorece o desenvolvimento de bactérias resistentes, o que torna futuras infecções mais difíceis de tratar. As crianças, com sistemas imunológicos em desenvolvimento, são particularmente vulneráveis a esse fenômeno.