O presente trabalho foi desenvolvido na aula de Ensino Religioso da EMEF Professor Emílio Meyer. A ideia do professor Alexandre era fomentar a prática da metodologia científica, em que os estudantes pudessem aplicá-la, construindo a pesquisa de acordo com o interesse do grupo. A escolha do tema do abuso sexual foi consenso entre os membros do grupo por conta de ser um tema relevante e pouco abordado na escola de Ensino Fundamental e gerou a seguinte questão como o abuso sexual afeta a vida de crianças e adolescentes no Brasil? O objetivo da pesquisa era então discutir o assunto na escola a fim de ensinar os estudantes quais são os sinais de abuso sexual. O abuso sexual é algo que pode estar presente onde menos se espera, dentre as diversas práticas que configuram o abuso de forma sexual, muitas vezes não é necessário nem encostar no outro, mas constranger com alguma ação que conotação sexual. A metodologia utilizada para a escrita do projeto foi de revisão bibliográfica em artigos científicos digitais e em dados estatísticos apresentados em matérias jornalísticas. Os números mostram que a cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes são exploradas sexualmente no Brasil. Contudo, esses índices podem ser ainda maiores, tendo em vista que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados. A análise ainda mostra que 75% das vítimas são meninas e, em sua maioria, negras. Antes de tudo, é importante ressaltar que a violência sexual não produz o mesmo resultado sobre todas as crianças e adolescentes submetidos a ela. Além de cada criança ou adolescente reagirem de forma diferente a situações de abuso sexual, há também muitos fatores externos que moldarão o impacto que essa violência terá na vida da vítima no futuro. Através deste estudo pudemos perceber que este tema é muito relevante para a sociedade, pois o abuso sexual, mesmo que tenha ampliado o número de denúncias, ainda é pouco discutido na escola e as denúncias acabam não sendo realizadas ou realizadas tardiamente. Nosso trabalho é um pequeno passo para que este assunto seja abordado em nossa escola e, quem sabe, na nossa rede municipal de ensino. Tendo como ênfase a divulgação dos sinais e dos canais de denúncia, a fim de encorajar as crianças a não se calarem e, quem sabe, também auxiliar seus colegas.