Este trabalho visa compreender melhor a existência do vício digital e o impacto disso no desenvolvimento de crianças de 7 a 12 anos. Na sociedade atual, as telas estão presentes a todo momento, muitas vezes, facilitando as nossas vidas, seja para fazer compras, pagamentos, pesquisas, trabalhos, aprendizagens, entre outros. Porém, quando usadas em excesso, especialmente por crianças, podem causar vício e levar a sérios problemas, como depressão, ansiedade, irritabilidade e dificuldade em socializar. Quando isso acontece, a criança já possui vício digital, por isso a família deve estar muito atenta ao tempo de uso, ao que assistem e aos aplicativos usados e, se necessário, deve buscar ajuda de um profissional para orientar os envolvidos e diminuir, aos poucos, o uso das telas. Assim, realizamos uma revisão bibliográfica sobre o tema para aprofundarmos a compreensão do que seria o vício digital e suas implicações. Aplicamos três entrevistas com uma psicóloga, uma psicopedagoga e uma neuropsicopedagoga, em que foi possível ampliar o conhecimento através do exemplo da aplicação prática desses profissionais. Tanto na revisão bibliográfica quanto nas entrevistas, ficou evidente que o vício digital, apesar de ainda não ser considerado oficialmente uma patologia, existe e que consequências podem ir desde problemas sociais, cognitivos, emocionais até os físicos. O uso em excesso das telas tem levado crianças a sérios problemas no seu desenvolvimento e o efeito disso pode ser grave se não diagnosticado logo cedo e tratado de forma adequada. É preciso, para tanto, a supervisão e a orientação das famílias, pois, cada vez mais cedo, as crianças possuem acesso às telas, mas não possuem responsabilidade suficiente para saber usar de forma adequada, sem que se torne um vício. Palavras-chave: Vício digital. Crianças. Excesso de telas.