A doença celíaca (DC) é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten em indivíduos geneticamente predispostos. O glúten, encontrado no trigo, cevada e centeio, contém proteínas, como a gliadina, que provocam uma resposta imunológica, resultando em inflamação crônica no intestino delgado. Isso compromete a absorção de nutrientes e provoca sintomas gastrointestinais e extraintestinais, como diarreia, fadiga e desnutrição (ALHASSAN et al., 2019). Atualmente, o único tratamento eficaz é a exclusão total do glúten da dieta, algo desafiador devido à ampla presença dessa proteína em alimentos processados (ARAÚJO, 2009).
Além da DC, outras condições relacionadas ao glúten, como a sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC) e a alergia ao trigo, também são comuns. A SGNC compartilha sintomas com a DC, mas não causa atrofia das vilosidades intestinais nem envolve autoanticorpos, o que torna seu diagnóstico mais complexo (FASANO et al., 2015). Já a alergia ao trigo é uma reação mediada por IgE, com sintomas imediatos após o contato com o trigo (TARAGHIKHAH et al., 2020).
Pesquisas recentes investigam terapias alternativas para a DC, como o uso de proteases vegetais, incluindo bromelina e papaína, que podem degradar o glúten, tornando-o menos tóxico. A bromelina, do abacaxi, e a papaína, do mamão, mostraram-se eficazes na clivagem de proteínas ricas em prolina e glutamina, que dificultam a digestão do glúten (PETLA, 2022; BRADAUSKIENE et al., 2022). Essas enzimas foram testadas em substratos como farinha de trigo e farelo de trigo, com resultados promissores na redução da imunogenicidade do glúten. Entretanto, a degradação total do glúten ainda não foi alcançada, o que limita seu uso como tratamento seguro para celíacos (ALBUQUERQUE, 2022).
Em paralelo, pesquisadores investigam alternativas não dietéticas, como a modificação genética de grãos para reduzir ou eliminar a gliadina, o que beneficiaria tanto celíacos quanto pessoas com SGNC (TANNER et al., 2015). Outras pesquisas exploram o uso de enzimas exógenas, consumidas junto com alimentos contendo glúten, para degradá-lo no trato digestivo antes que cause danos (TACK, 2013). Essas glutenases estão em fase experimental, mas oferecem uma esperança futura para aqueles que enfrentam dificuldades na adesão à dieta isenta de glúten (SHAN et al., 2004).
Apesar dos avanços nas terapias alternativas, a dieta sem glúten ainda é a única opção viável. A adesão rigorosa à dieta é crucial para prevenir complicações graves, como linfoma intestinal e outras doenças autoimunes (SIMIONI et al., 2020). No Brasil, a oferta de alimentos sem glúten ainda é limitada, o que dificulta a manutenção da dieta e impacta negativamente a qualidade de vida dos celíacos (NOGUEIRA & PEREIRA, 2018).
Além disso, a falta de informações adequadas sobre a DC, tanto para o público geral quanto para profissionais de saúde, contribui para diagnósticos tardios e desafios no tratamento. Estudos em Caxias do Sul revelaram que, embora muitas pessoas saibam algo sobre o glúten, ainda há confusão entre sensibilidade ao glúten e DC, reforçando a necessidade de mais programas educativos (ROCCO & PERINI, 2024).
Conclui-se que, embora as enzimas vegetais, como bromelina e papaína, representem uma promessa no tratamento da DC e SGNC, seu uso como terapia isolada ainda é limitado. É necessário continuar as pesquisas e desenvolver novas abordagens biotecnológicas para melhorar o manejo dessas condições. Simultaneamente, é essencial investir na conscientização sobre a DC e na ampliação da oferta de alimentos sem glúten, para que os pacientes possam manter suas dietas com segurança e qualidade de vida.
Parabéns pela escolha do tema.
Primeiro, parabéns meninas pelo belo trabalho. Achei muito interessante e esclarecedor para todos em geral e principalmente para pessoas intolerantes ao glúten.
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Muito bom Meninas👏!!!
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