Este trabalho explora os conceitos de medicina paliativa e cuidados paliativos, com base nas definições da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medicina paliativa é uma especialidade que prepara profissionais de saúde para comunicar diagnósticos de doenças graves, promovendo conforto e autonomia ao paciente. Os cuidados paliativos abrangem práticas que visam o bem-estar emocional, espiritual e físico dos pacientes e familiares durante o processo de enfermidade. A pesquisa foi motivada pelo relato de Kevin, no podcast “Rádio Novelo Apresenta”, que recebeu a notícia do câncer terminal de sua mãe, levando à reflexão sobre a forma como essas informações são comunicadas e sua relevância na realidade local de Caxias do Sul. O aumento da demanda por cuidados paliativos, exacerbado pelo envelhecimento da população e o crescimento de doenças não transmissíveis, justifica a necessidade de análise e melhorias nesse campo. Dados indicam que apenas 8% da população que necessita de cuidados paliativos tem acesso a eles, evidenciando a falta de formação adequada para os profissionais de saúde. O problema central da pesquisa é a implementação desigual da medicina paliativa, especialmente em países em desenvolvimento. Apesar dos avanços desde o movimento Hospice nos anos 1960, muitos desafios permanecem. A investigação objetiva avaliar a prática dos cuidados paliativos em Caxias do Sul, coletando dados sobre a experiência de pacientes e familiares, e propondo soluções para a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos. A metodologia incluiu revisão bibliográfica e abordagens quantitativas e qualitativas, com a aplicação de questionários e entrevistas. O questionário online, aplicado a 100 pessoas, revelou que a maioria possui pouco conhecimento sobre medicina paliativa: 23% entendem o tema, 31% têm uma ideia geral, e 46% não conhecem a definição. As entrevistas com profissionais e acompanhantes de pacientes ilustraram a realidade dos cuidados paliativos na região. Profissionais como Andrelize Reis e Kátia Gazzola destacaram a importância da formação contínua e da empatia no atendimento, enquanto acompanhantes, como Cristina Benedetti, relataram suas experiências e a necessidade de um suporte mais eficaz durante o processo de cuidados. Os resultados evidenciam a necessidade urgente de capacitação profissional e maior divulgação dos cuidados paliativos. A pesquisa conclui que a implementação de uma cultura de cuidado é essencial para promover uma abordagem mais digna e humana para pacientes em situações terminais, reforçando a importância de políticas de saúde que integrem efetivamente os cuidados paliativos ao sistema de saúde.