Para iniciar nosso trabalho, decidimos quais áreas das zoonoses e deficiências gostaríamos de abordar. Inicialmente, pensamos em focar na pecuária de corte, caprinos, ovinos e suínos. Contudo, desistimos dessa abordagem, acreditando que a quantidade de informações disponíveis seria limitada, e direcionamos nossa pesquisa para animais domésticos, focando em cães e gatos (pets convencionais). Decidimos que o título da nossa pesquisa seria: “The Effects of Zoonoses and Disabilities in Domestic Animals and How They Can Affect Their Owners.” Nos primeiros meses, nossas investigações se concentraram nas zoonoses, mais especificamente nas que mais afetam a Grande Florianópolis e seus arredores. Também buscamos informações em clínicas veterinárias para entender como as zoonoses são tratadas na região, e conseguimos realizar três entrevistas com diferentes médicos veterinários. Tentamos entrar em contato com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Florianópolis, mas não obtivemos sucesso. Em seguida, voltamos nossa atenção para o estudo das deficiências e como isso afeta a vida dos animais antes e depois da adoção. Analisamos também as taxas de abandono e desistência de adoção de animais com deficiência. Realizamos uma pesquisa de campo com alunos do sétimo e do oitavo ano para entender suas opiniões sobre animais deficientes e a possibilidade de adotá-los. Com essa pesquisa, acreditamos ter concluído nosso estudo, chegando à seguinte constatação: muitas pessoas adotam animais deficientes sem compreender as dificuldades envolvidas. Ao se depararem com os desafios de ter um pet com deficiência, alguns acabam abandonando ou eutanasiando o animal. Além disso, a falta de educação sobre zoonoses contribui para que muitos animais adoeçam, morram e transmitam doenças a seus donos, gerando um grande impacto no sistema de saúde, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Ao sermos convidados para a Mostratec, percebemos uma lacuna em nosso trabalho: a pesquisa sobre a adoção de animais deficientes por crianças que não são responsáveis pelo cuidado do animal provavelmente nos traria respostas sem embasamento, uma vez que elas não seriam as responsáveis por cuidar do pet. Assim, decidimos que o melhor para nossa pesquisa seria eliminar o foco em zoonoses e concentrar-nos nas deficiências. Aprofundamos nossas investigações nessa área e elaboramos um novo formulário de pesquisa de campo, desta vez direcionado a adultos. Com isso, chegamos à seguinte conclusão: a falta de informações sobre deficiências não apenas afeta o bem-estar do animal, que pode sofrer abuso ou maus-tratos por parte de seu dono, mas também impacta os seres humanos. Muitos podem adotar um animal sem saber como cuidar adequadamente dele, e, assim, o papel que o animal poderia desempenhar na vida de seu tutor não é concretizado.