Com a informatização das operações cotidianas, difusão da internet e popularização dos smartphones, as informações passaram a difundir-se de maneira massiva entre as pessoas. Contudo, tem se tornado um desafio distinguir notícias verdadeiras daquelas propositalmente falsas. Meios de comunicação que compõem a “grande mídia”, sobretudo rádio, jornal e televisão, optam por verificações rigorosas das fontes de informação, como meio de fortalecer a comunicação no país. Dessa forma se tornaram as fontes de informação de maior credibilidade entre as mídias, disponibilizando inclusive a checagem de informações. Já as redes sociais contribuem de maneira significativa para o espalhamento de notícias falsas, uma vez que não é averiguada previamente a veracidade das informações prestadas. Os objetivos deste trabalho foram (1) investigar se os estudantes são informados e suficientemente capazes de reconhecer notícias falsas e por quê e (2) conhecer as formas de checagem que os órgaos de comunicação formal utilizam para a checagem das notícias. Para isso, além do levantamento bibliografico sobre o assunto, aplicamos um questionário com os alunos de 8° e 9° ano de nossa escola, contendo 10 notícias falsas, previamente checadas Além disso, para conhecer a forma de checagem das notícias nos principais veículos locais de comunicaçao da região, foram entrevistados jornalistas da Radio Taquara (FM 105.9), sediada no município de Taquara e do Jornal Repercussão, sucursal em Sapiranga. Cerca de 80% dos estudantes foi capaz de identificar entre 5 a 8 questões falsas e apenas quatro reconheceram que todas as informações eram falsas. Em relação às entrevistas, os profissionais salientaram que, independente da forma como as primeiras informações chegam às suas equipes – ligações, aplicativos de mensagens, redes sociais, comunicação direta, entre outras formas, a checagem dos acontecimentos passa obrigatoriamente pela consulta a diversos representantes de instituições e órgãos governamentais oficiais anteriormente à divulgação dos fatos. A discrepância entre os dois universos amostrais (estudantes x profissionais de comunicação) traz aspectos muito relevantes ao vasto universo de discussão que envolve as fake news. Estudantes não se valem de fontes de checagem de informações, limitando-se às redes sociais como principal meio de informação. Isso resulta em um espectro de informações no entorno de seus interesses e de uma baixa capacidade de discernimento entre as notícias verdadeiras e falsas. Já os meios de comunicação formais como rádio e jornal ainda se mantem como fontes seguras de informação uma vez que se preocupam com a checagem das notícias antes de sua divulgação. Devemos, portanto, checar a veracidade das informações recebidas , principalmente através de redes sociais, ampliar nossas fontes de leitura e informação, desconfiar das notícias que apenas confirmam nossas visões e crenças, construídas para nos tocar, para fortalecer nossos preconceitos, e que são as que compartilhamos sem hesitar.