Conforme dados do IBGE, OMSs e Isma-BR dos últimos anos, os quais revelam altos índices de estresse, depressão e ansiedade no Brasil, fica evidente a atual “crise de felicidade” em nosso país. À vista disso, o tema delimitado para esta pesquisa é a felicidade e as prioridades ao longo da vida, pois quer-se investigar como as mudanças orgânicas que ocorrem na trajetória das pessoas podem influenciar na sua felicidade. Além disso, a pesquisa busca mapear quais são as prioridades de cada faixa etária. Isso permite o estabelecimento de padrões relacionados à felicidade, além de fornecer bases para a tomada de consciência do que torna uma dada faixa etária “fragilizada emocionalmente”. A hipótese estabelecida foi de que a felicidade estaria mais presente na infância, o medo de mudanças na adolescência, o estresse na fase adulta e o arrependimento na velhice. Para que o desenvolvimento dessa base de dados fosse possível, tomou-se como metodologia a pesquisa de campo quantitativa, na qual foram aplicados questionários a pessoas de quatro diferentes grupos etários: crianças, adolescentes, adultos e idosos. A partir das respostas, foram consultados profissionais da saúde mental que trabalham a partir de distintas perspectivas, explicando os resultados por meio de abordagens variadas, como a psicologia cognitivo-comportamental, psicologia familiar e a psicanálise. Em seguida, foi realizada uma análise dos dados com base na corrente filosófica “Epicurismo”, comparando a noção de felicidade da abordagem psicológica com a filosófica. Os resultados da pesquisa revelaram algumas alterações a respeito da hipótese inicial, especialmente no que se refere à fase da adolescência e à velhice. Desse modo, acredita-se que, a partir dos dados e análises provenientes da investigação, é possível a administração de atitudes que dediquem maior atenção e cuidado às transformações que ocorrem ao longo da vida, culminando em um maior êxito ao lidar com a inevitável e intrínseca infelicidade.