Os registros apontam que há aproximadamente 20 mil anos surgiram os primeiros animais de estimação, descendentes dos lobos. Esses animais ficavam perto das tribos nômades, nos acampamentos, procurando por restos de alimentos. Com o tempo, os lobos foram evoluindo e sendo domesticados, surgindo os cães. Os humanos e cães foram criando laços de amizade. Os humanos perceberam que eles poderiam ser úteis na caça e no pastoreio. Diante das dúvidas que surgiram sobre o comportamento do ser humano com relação aos animais de estimação, definiu-se por investigar se apenas o cão poderia ser considerado o melhor amigo do homem, ou seria outra espécie. Como cada integrante do grupo tem um animal de estimação diferente, iniciou-se a investigação. Para isso, foi realizada uma busca para descobrir como os cães evoluíram dos lobos. De acordo com Petz (2023), constatou-se que, antigamente, os humanos e os lobos dividiam o mesmo espaço e lutavam por comida. Como os lobos descobriram que podiam ganhar comida ficando próximo dos humanos, com a evolução da espécie, o cão tomou esse lugar. Com o objetivo geral de descobrir se o cão ainda é considerado o melhor amigo do homem nos dias de hoje, estabeleceu-se os objetivos específicos da pesquisa, a saber: conhecer a história e a relação entre o homem e o cão; verificar se o cão ainda é considerado o melhor amigo do homem; identificar, nos dias de hoje, quais os animais de estimação são considerados os melhores amigos do homem; e qual a relação afetiva que há entre humanos e animais de estimação. Para isso, realizou-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, de natureza aplicada, exploratória, participante. Para responder às perguntas foram elaborados instrumentos de pesquisa, sendo entrevistas a profissionais que convivem com pessoas que possuem animais de estimação – uma veterinária, uma psicóloga, um adestrador e uma pessoa com cão guia. Também foram realizados questionários para pessoas da escola, familiares e pessoas conhecidas, com o intuito de descobrir quais são os seus animais de estimação e sua relação com os mesmos. Após a apresentação da pesquisa na Mostra Científico-Cultural do município de Flores da Cunha, sentiu-se a necessidade de ir além, possibilitando a outras pessoas conhecer a importância de ter um melhor amigo. Pensando nisso, realizou-se uma roda de conversa entre a turma 61, da Escola Estadual de Ensino Médio São Rafael e a psicóloga que participou desse estudo. Durante o diálogo, a psicóloga promoveu uma troca de ideias, experiências e demonstrou a importância do assunto. Ressaltou a questão de que os animais também demonstram sentimentos através do olhar, toque, chamego ou, quando se sentem ameaçados, atacando ou fugindo. A partir disso, buscou-se depoimentos de pessoas que possuem animais de estimação, para identificar como são as relações afetivas no dia a dia. Ao final da investigação, concluiu-se que a maioria das pessoas ainda consideram o cão como o melhor amigo do homem, que há uma quantidade maior de pessoas que têm cachorros do que gatos, pássaros, peixes, entre outras espécies. O que foi possível constatar ainda é que muitos entrevistados consideram seu animal de estimação um membro da família. Neste caso, o cão pode ser considerado um “cãopanheiro” para evitar a solidão, tão comum nos dias de hoje. Ainda assim, conclui-se que, após ter o seu animal de estimação, as pessoas consideram que melhoraram suas relações interpessoais. Assim como, foi possível constatar que muitos colegas compreenderam a importância de ter um melhor amigo, visto que, mais de 96% possuem animais de estimação para compartilhar suas emoções.