Anomalias congênitas são estados patológicos determinados por fatores causais que atuam antes do nascimento. Podem ser estruturais, deformidades físicas ou funcionais, alterações neuro motoras e metabólicas. As anomalias evitáveis são as que podem ser detectadas e prevenidas durante o pré-natal. Elas podem ter origem infecciosa como a microcefalia causada pelo vírus Zika. É comprovado que o micro-organismo causa danos na estrutura e na reaplicação das estruturas nervosas. Outro tipo de anomalia infecciosa é a causada pela sífilis que se origina da infecção da bactéria Treponema pallidum, que causa uma anomalia de evolução crônica, passada da gestante para o feto que pode ocasionar um aborto ou morte da criança no parto ou malformação no feto. As anomalias também podem ser devido à causas nutricionais, como a síndrome alcoólica fetal causada pelo alto consumo de álcool durante a gestação que pode causar deficiência no crescimento da criança, disfunções no sistema nervoso central e alteração dos traços faciais ou ambientais como exposição à radiação ou poluentes. As anomalias não evitáveis são erros genéticos ocasionadas por alterações genéticas independente de agentes externos. Vale ressaltar que as anomalias genéticas também podem ser causadas por doenças maternas como diabetes, AIDS/HIV, tuberculose etc. Por outro lado, agentes externos podem agir prevenindo anomalias genéticas como o ácido Fólico (Vitamina B9). Sua falta ocasiona deficiência na formação do tubo neural (estrutura embrionária que dará origem ao cérebro e à medula espinhal). Esta vitamina é encontrada em alimentos e medicamentos que são indicados por um profissional no pré concepcional, não podendo evitar anomalias causadas por sua falta durante o período gestacional, no qual deve ser realizado o pré-natal, pois o embrião já está em desenvolvimento. Além das causas citadas anteriormente, a idade materna é um fator de risco importante para as anomalias congênitas. Um dos objetivos do pré-natal é assegurar a saúde materna e a do feto, tratar, possíveis patologias ou intercorrências o mais precoce possível. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi investigar a relação do pré-natal adequado com o menor risco de filhos com anomalias congênitas em mulheres acima de 35 anos. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo e transversal, relacionando as taxas de anomalias congênitas com a idade materna e pré-natal no estado de São Paulo. A base de dados para a coleta desses dados será realizada pelo DATASUS do Ministério da Saúde: https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/. Para o processamento dos dados foi feita inclusão do ano do nascimento em cada um dos arquivos obtidos do DATASUS e gravados em Excel. A maioria das crianças com anomalias congênitas são de gestantes abaixo de 35 anos, estando de acordo com a literatura uma vez que a taxa de fecundidade é maior em mulheres com menos de 35 anos. Entretanto, proporcionalmente, quando analisado o número de nascidos vivos e anomalias por 100 mil habitantes as mulheres acima de 35 anos tem mais filhos com anomalias congênitas. Além disso, foi observado que mulheres de 35 anos acima, que apresentam pré-natal não adequado, apresentam maior risco de terem filhos com anomalias congênitas confirmando sua importância na prevenção de anomalias ambientais, infecciosas e nutricionais. Sendo assim, com base nos nossos resultados podemos concluir que um pré-natal adequado pode reduzir o risco de mulheres acima de 35 anos terem filhos com anomalias congênitas, principalmente as relacionadas às causas ambientais, nutricionais ou infecciosas. Palavras-chave: Anomalia congênita, idade materna, pré-natal, Jundiaí.