Os alunos do 2° Ano-A demonstraram curiosidade para aprender sobre Libras, a partir de experiências trazidas por um colega da sala, de uma situação familiar. Como a turma está em processo de alfabetização, o colega contava como eram as letras em Libras e demonstrava alguns sinais que conhecia, despertando interesse e curiosidade nos demais. Foi desenvolvido um trabalho sobre as diferenças e, nesse contexto, o colega fez relatos sobre a convivência com a familiar surda. A partir daí surgiu a motivação do trabalho. As crianças do 2° Ano, ao serem questionadas sobre o que queriam aprender sobre esse tema, disseram que queriam saber como surgiu a Libras. Além disso, sempre se mostraram atraídas e dispostas a aprender mais sinais dessa língua. Foi organizado o projeto com diversificadas ações para alcançar os objetivos, que foram: entrevista com a pessoa surda, Senhora Angélica Wames; interação com a professora de escola especial, Senhora Catiane da Silva; pesquisa em textos e vídeos sobre a história da Libras e da língua de sinais de modo geral; confecção de cartaz ao longo do projeto com fotos dos alunos executando os sinais que foram aprendendo nesse processo; trabalhos com alfabetos e números em Libras; uso de aplicativo de celular para pesquisa de sinais; releitura de imagem; vídeo com uma história infantil que tinha como personagem principal uma criança muda; realização de registros das aprendizagens. As crianças entenderam que a Libras é uma língua oficial, gestual-visual, usa sinais e expressões corporais para que a comunicação possa acontecer, e não apenas os dedos como pensaram inicialmente. Reconheceram que não foi criada sem querer, mas sim intencionalmente. Concluíram que a Libras teve inspiração na Língua Francesa de Sinais, que surgiu a partir dos estudos do educador francês Charles Michel l’Épée, que desenvolveu um método de comunicação usando sinais gestuais, junto às crianças surdas que viviam em seu abrigo e fundou a primeira escola de surdos do mundo, o Instituto Nacional de Surdos-mudos, em Paris. No Brasil, a língua de sinais chegou através de um convite do Imperador D. Pedro II ao reconhecido professor francês Ernes Huet, ligado ao instituto francês, para fundar um instituto que atendesse pessoas surdas aqui no país. A partir da fundação desse instituto, o INES- Instituto Nacional dos Surdos, foi criada a LIBRAS, Língua Brasileira de Sinais. Hoje é uma língua oficial, amparada por lei. Conheceram e experimentaram muitos sinais de Libras no percurso do projeto e entenderam que é preciso respeitar as diferenças e aprender em todas as oportunidades que surgem na vida. Palavras-chaves: Libras; história; sinais; aprendizagem; respeito.