A definição literal de verdade visa a encontrar uma realidade concreta baseada em fatos, entretanto a principal dúvida é: “Como obter um conhecimento confiável o suficiente para ser considerado verídico?” Questões como essa abrangem as mais diversas áreas da filosofia e possuem diversos conceitos que contribuem para entendê-las. Dessa forma, para a realização da presente pesquisa, foram utilizados recursos bibliográficos dos sites Google Acadêmico, Scielo e de entradas na Stanford Encyclopedia of Philosophy. A bibliografia selecionada preocupou-se em entender as perspectivas de filósofos históricos importantes para a ontologia da verdade, para, posteriormente, extrair isoladamente os conceitos por eles propostos e correlacioná-los com as atuais dinâmicas sociais do cenário informacional, visando a entender como estes se manifestam na Era da Informação. Os filósofos selecionados foram: Sócrates, Platão, Aristóteles, Protágoras, Descartes, Locke, Kant e Nietzsche. Todos esses pensadores evidenciam a relação do sujeito com o conhecimento que lhe é mostrado é amplamente diferente se comparado aos outros. A moral, ambiente, tempo e cultura influenciam diretamente nisso, fazendo com que pareça que a verdade é obtida a posteriori, mas será que isso é o conhecimento filosófico verdadeiro? A razão fez com que vários indivíduos chegassem a conclusões alternativas ao longo do tempo, portanto, será mesmo que as impressões conseguem nos fazer chegar a uma verdade certa? Por conta disso, a verdade seria relativa? Mas afirmar que a relatividade é a única verdade implica uma contradição. Talvez a verdade possa nem ser alcançada, ou talvez nem mesmo exista. No fim, a análise de ideias como essas é a única forma de chegarmos pelo menos perto de uma resposta, contudo essa resposta ainda não foi encontrada. SCategoria EJA como for, informações acerca deste tema devem ser divulgadas para que, em algum dia, sCategoria EJA possível definir a verdade e seus métodos de obtenção de forma concreta e confiável. A partir das ideias destes filósofos e de seus estudos, foram separados 10 conceitos diferentes, dispostos em três categorias formuladoras de uma concepção de verdade: a natureza da verdade, métodos epistemológicos para a aquisição de conhecimento e teorias da verdade. Dentre eles, na Era da Informação, destacam-se o dogmatismo – que afirma a verdade como um ente inquestionável e centrado no objeto – e o relativismo – pluralizador da noção de verdade e defensor do sujeito como parâmetro para tal -. Isso acontece por conta da pós-verdade, uma narrativa não factual divulgada para grupos sociais específicos como uma verdade absoluta, servindo como um instrumento mobilizador de massas em prol das vontades do divulgador inicial. Dessa forma, esse fenômeno se espalha por meio de bolhas sociais que passam a centralizar a si mesmas no processo prático de determinação da verdade, principalmente no sentido da própria ideologia. O resultado disso é uma fragmentação da sociedade em vários grupos com ideologias baseadas em crenças baseadas na necessidade de acreditar e não em algum método rigoroso para a obtenção de conhecimento. Após isso, cria-se uma ditadura do relativismo, que, quando bem estabelecida, sofre com uma mudança drástica, resultando em um dogmatismo generalizado por diferentes grupos que afirmam as suas ideias sobre as dos demais. Com isso, a exemplo da polarização política, surge, entre os indivíduos, uma impossibilidade do diálogo como meio de resolução das discordâncias, cenário que privilegia mais ainda a prevalência das narrativas pós-verdadeiras. Ademais, vale ressaltar que a facilidade desse fenômeno em se espalhar pela sociedade se deve ao fato da indústria cultural exercer o papel de formadora identitária nos sujeitos com os quais tem contato, servindo como um meio para uma classe dominante projetar seus valores aos demais. Esses fatores dificultam o progresso do estudo da verdade na Era da Informação, que se transforma na Era da Pós-Verdade.
