Quando pensamos em ansiedade, é comum pensarmos em uma emoção negativa que causa desconfortos para a mente e para o corpo. Mas será que a ansiedade é uma emoção igual as outras? Será que ela é importante para o nosso corpo? Reconhecer os sinais de ansiedade e saber como lidar com essa emoção no nosso dia a dia foi o objetivo do projeto de pesquisa realizado pelos alunos da turma 52, da EMEF Rui Barbosa, de Campo Bom – RS, intitulado “Vida acelerada, criança ansiosa”. Foram desenvolvidas metodologias como leituras, discussões, entrevistas, conversa com uma psicóloga, utilização e confecção de materiais gráficos em sala de aula, para reconhecer o transtorno de ansiedade, conhecer a sua importância para o desenvolvimento do nosso corpo, desenvolver estratégias para aliviar os momentos de ansiedade e transmitir as dicas aprendidas. A ansiedade infantil é uma condição que transforma significativamente o comportamento das crianças. Ela causa uma série de sintomas, que muitas vezes ocorrem por dificuldade de expressar sentimentos e emoções. Entender o que é a ansiedade e a maneira que ela se manifesta é o primeiro passo para identificar se a criança está ansiosa. Além da parte comportamental, a criança ansiosa pode apresentar sintomas característicos do transtorno que indicam que algo não vai bem, como agitação, dor de cabeça, taquicardia, insônia, tremor, dor no estômago, enjoo e vômito, sudorese, dor de barriga, falta de ar, dificuldade para engolir e apetite alterado. Porém a maneira como a ansiedade se manifesta pode variar, pois cada criança é única e algumas podem ter dificuldade para expressar suas emoções. Portanto, é necessário ter atenção aos sinais verbais e não verbais. Diferente dos adultos que falam sobre este sentimento, identificando suas causas, as crianças ainda estão vivendo o processo de aprender a dar nomes e entender os sentimentos. Portanto, a ansiedade pode ser vivida como algo confuso por elas, sendo até mesmo interpretada como medo ou raiva. Assim, cabe aos pais e às outras pessoas mais experientes ajudar as crianças a compreender melhor este sentimento tão intenso. O estresse e as diversas atividades do dia a dia, muitas vezes, geram empecilhos para que se tenha tempo para a família ou para si mesmo. Portanto, quando se trata da ansiedade é importante, em primeiro lugar, olhar para si mesmo, observando seu próprio comportamento. Outro ponto fundamental é levar a sério os sentimentos das crianças, ouvindo-os e tentando ajudá-los a compreender o que estão sentindo. Além de ter o cuidado para não pressionar as crianças diante de algo que os façam sentir ansiosos, sempre conversando e ajudando-o a lidar com seus sentimentos.