A pesquisa aborda o reaproveitamento do resíduo da banana prata (Musa acuminata cavendish) e da bananeira, por meio da extração de tanino, e busca avaliar a eficiência do uso do mesmo para o tratamento de águas. Busca-se entender se é possível desenvolver um coagulante natural eficiente e que reduz danos ao meio ambiente.
Portanto, o objetivo consiste na avaliação de uma fonte natural alternativa de tratamento de águas, utilizando taninos extraídos dos resíduos da banana prata (Musa acuminata cavendish) e da bananeira. Busca-se descrever como o uso de coagulantes naturais pode ser menos prejudicial quando comparados aos coagulantes químicos, que acabam deixando um certo teor de metais na água, causando problemas à saúde humana e ao meio ambiente a longo prazo. Utilizar o método de extração por cocção para produzir o extrato de tanino da casca da banana (Musa acuminata cavendish) e da bananeira, que será usado para a coagulação dos contaminantes da água. Pesquisar sobre a banana e a bananeira e justificar o uso destas como fontes da substância coagulante. Reconhecer o melhor método de extração do tanino e testagem de amostras. E, por fim, testar a eficiência do extrato de tanino no tratamento de águas.
Foi feita a preparação das matérias primas, caule, folha, engaço e casca por meio da limpeza, com água e detergente, e corte, com faca e tesoura. Parte dessas matérias primas foram utilizadas para fazer análise de umidade, com cadinhos e estufa, e o restante foi submetido a fervura e filtração simples, seguindo o método de extração por cocção. A partir dos extratos, foi possível fazer a sua aplicação no Jar Test, com dosagem e agitação controlada. Além disso, foi feita uma análise de sólidos dos extratos produzidos, teste de presença de tanantes, com utilização do cloreto férrico e quantificação de tanantes, utilizando uma curva de calibração com o padrão catequina e auxílio do espectrofotômetro. Todos os valores numéricos obtidos foram colocados em uma planilha. Os testes de presença de tanantes, análise de umidade e análise de sólidos foram repetidos utilizando como matéria prima apenas a casca.
A aplicação dos extratos no Jar Test não apresentaram resultados satisfatórios, visto que não houve coagulação e a turbidez da água não foi reduzida. No entanto, foram obtidos resultados que confirmam a presença de tanino nos extratos. Quando o cloreto férrico foi aplicado, houve aparecimento de uma coloração escura, ou seja, positivo para a presença. Depois das análises no espectrofotômetro e da construção da curva, foi possível determinar os teores de tanantes em cada uma das amostras. O teor de tanantes, em percentual (%), do caule foi de 0,000461 ± 0,0000094, o da folha foi de 0,002582 ± 0,0001359, o do engaço foi de 0,000705 ± 0,0000162 e o da casca foi de 0,002770 ± 0,0002606. Após a repetição dos testes com a folha, foi possível obter valores, em triplicata, que condizem com os valores obtidos nos primeiros testes, sendo a média entre eles de 0,00415 ± 0,00005. Logo, é possível considerar que a folha é o melhor resíduo para produção do coagulante. Ainda assim, o teor é muito baixo, e para isso a pesquisa pode seguir por dois possíveis caminhos. O primeiro caminho seria concentrar os extratos ou fazer reações com que o tornem mais catiônico, aumentando a capacidade de coagulação das impurezas da água. Já o segundo caminho seria buscar outra aplicação para os extratos, visto que o tanino é versátil e poderia ser aplicado em áreas como a de alimentos, saúde e cosméticos.
Muito interessante! Parabéns! Na escola em que trabalho como professora, meus alunos estão estudando o Rio dos Sinos, sua importância, características e problemas… falamos muito em poluição da água e o quanto isso é preocupante. Em São Leopoldo, onde moramos, são vários aspectos que colaboram para a poluição… portanto um projeto que tem por objetivo tratar a água, atualmente, é muito importante. Parabéns pela pesquisa!
Feliz em poder ler isso. Muito obrigada!!! ❤️
Parabéns
Excelente 👏