O trabalho presente procura discutir principalmente os métodos de tratamentos utilizados em hospitais psiquiátricos na década de 1940 para os doentes mentais diagnosticados com esquizofrenia. Alguns dos tratamentos em voga na época eram: a lobotomia, eletrochoque, insulinoterapia e confinamento, todos eles considerados métodos agressivos e invasivos aos pacientes. Houve recentemente, na gestão do governo atual, a discussão da volta dos manicômios e a prática legal destes métodos. Quem já possui conhecimento do que ocorria com os pacientes nestes locais sabe o quão preocupante pode ser a volta desses espaços, que muitas vezes pode ser visto como um local de “descarte de loucos”, como uma forma de não ter de lidar com o diferente. Esta pesquisa foi embasada no trabalho desenvolvido pela Dra Nise da Silveira, médica psiquiátrica alagoana conhecida por revolucionar os tratamentos psiquiátricos na década de 1940 no Brasil, humanizando-os, tanto em relação ao ambiente quanto em relação aos pacientes, trazendo consigo a proposta da arte terapia. Como se trata de uma pesquisa qualitativa, ao longo do processo de feitura, foram realizadas 04 entrevistas com profissionais de áreas distintas relacionadas ao tema do projeto. Ao final de pesquisa realizou-se uma seleção de obras produzidas por pacientes esquizofrênicos da Nise, (disponibilizadas no livro “Imagens do inconsciente” da Nise Magalhães da Silveira, publicado em 2015). Tanto as entrevistas quanto a reanálise das imagens proporcionaram a discussão da importância da humanização dos tratamentos e também da doença mental trabalhada. Palavras-chave: Esquizofrenia; Tratamentos; Nise da Silveira.